terça-feira, 28 de agosto de 2007

Letras e Artes e estágios - Parte Final

Dessa vez não tive como fugir. Lá estava eu feliz e alegre quando o cruel destino me colocou diante do mesmo clube de terceira idade (mas esse tinha um outro nome, acho que era União Brasileira dos Escritores, mas não lembro). Dessa vez foi pior, pois o homenageado estava vivo e com isso ficamos na obrigação de entrevistá-lo. Seu nome era Olímpio Bônald (o que me levou a uma quase irresistível vontade de chamá-lo de Donald. Mesmo assim não consegui falar o nome dele corretamente, pois era impossível pronunciar da forma que ele pronunciava). Mas voltando, ele era professor, procurador, escritor, técnico, poeta, pintor, músico e mais algumas coisas. Isso nos levou a um momento impactante da entrevista que tentarei reproduzir (por favor, tirem as crianças e os indies da sala):

- Como o senhor se define? Um escritor? Um poeta?
- Meus amigos me chamam de poeta indefinido. Pois fiz trabalhos dentro de tantas áreas que é até difícil me definir em algo específico.
- Mas o senhor prefere qual definição?
- Gosto dessa.

Foi publicado como "professor", já que esse é o único de seus trabalhos que é remunerado. Isso me deixou curioso em porque essas pessoas gastam para publicar coisas com as quais ninguém se importa. Mas isso nem é um pensamento importante, pois as pessoas tem todo o direito de fazer isso afinal. Só não acho que esses trabalhos tão cheios de importância tenham todo esse destaque dentro desses clubes. Mas esse é mais um mistério da indecifrável raça humana. Mas chega desse tema, que já deu mais do que já tinha que dar. Enquanto isso eu sigo lendo o meu Cervantes, que me parece num nível beeem superior.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Letras e Artes e estágios

Em uma de minhas primeiras missões externas fora de nossa pequena sala de Tv fui apurar alguma coisa uma sexta ou segunda (agora não lembro bem) cultural da biblioteca. O evento contou com a leitura de cordéis, contos, crônicas e poesias de autores desconhecidos que jamais vão ficar famosos. Mas ainda lembro que o evento contava com um café da manhã que desapareceu nas bocas e nas bolsas das madamas presentes no local.

Com todos alimentados, finalmente pudemos seguir com a programação. Era a hora da homenagem a um grande poeta paraibano, que escreveu três livros e ficou conhecido como o Poeta das Gardênias, William Ferrer, que não tem (nem terá) verbete na wikipedia. Foi mais ou menos nessa hora que eu descobri que a grande virtude desse poeta, além de cantar as noites e as gardênias, foi dirigir a Academia de Letras e Arte do Nordeste. Descobri também que estavam presentes vários poetas e escritores dessa academia. Mas o que me deixou surpreso foi a existência dela.

Só contando com membros esquecidos e que comemoram a venda de 1.000 livros após uns 10 anos de publicação, a academia apenas serve de clube da terceira idade para quem escreveu um diário ou algum garrancho na parte de trás do caderno. Ainda bem que saí correndo de lá antes de encontrar alguém que tivesse um blog. Minha mente pura não consegue imaginar o quão hediondos devem blogs de escritores completamente obscuros e nordestinos.

...

Enquanto pesquisava algo sobre a existência dessa academia para fazer a matéria ter mais de 3 linhas, acabei descobrindo que ela não é um caso ímpar. Parece que todas as cidades têm clubes de terceira idade para esses velhos escritores. Ainda bem que eles só mantém isso para eles. Ia ser ruim se o governo os descobrisse e forçasse nossa pobre juventude a conhecê-los.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Casablanca

Até pra imitar ou se basear em algo é preciso um pouco de qualidade. Imagine transformar o Bogart na pele de um indiano e o Rick's Cafe sendo um restaurante indiano com alguma vaca pastando lá dentro. Agora imagine o Louis Armstrong ser algum tailandês e a segunda guerra no Sudeste asiático. Pior que isso só se a história envolvesse o combate ao poderoso e influente governo do Sri Lanka.

God Damn it, parece que tudo isso e muito mais vai ser verdade pelas bandas de lá. Já ouço a trilha sonora, o cheiro de incenso e um preto-e-branco fake. Bem que poderiam deixar os clássicos como clássicos; intocáveis.

Fonte:
http://cinema.uol.com.br/ultnot/2007/08/08/ult26u24594.jhtm