quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Breath of Fire 3

Bem, sei que não falo muito sobre isso por aqui e é até com alguma vergonha que o tema me vem à tona (minto, sou nerd assumido mesmo e numa quarta-feira de cinzas fico até sem ter com quem compartilhar as glórias nerds). Sim, jogo muito mesmo e até fico feliz que algumas pessoas frescas percam algumas coisas legais e divertidas que encontramos nos jogos por ai por pura frescura. Esse jogo em questão é um RPG; gênero que, na teoria, não faz muito sentido ser representado num console já que você não exatamente atua como um personagem. Mas isso é bobagem porque se trata de um RPG oriental, ou JRPG como alguns gostam de chamar.

Só esse fato já é uma promessa de muitas horas de jogo. Levei cerca de 60 horas para finalizar esse ai (o que é praticamente o que perco pagando uma cadeira inteira no curso). Posso dizer que me diverti mui (caso contrário não passaria 60 horas nele), mas não pude deixar de notar algumas coisas curiosas. Na verdade, algumas muitas dessas coisas curiosas estão nessa lista que Jack gentilmente me repassou.

O que me chamou a atenção mesmo foi o desfecho sólido. A história vai evoluindo gradativamente e se mostrando muito aos poucos. Boa parte do nosso tempo é gasto fazendo coisas não relativas à história. É mais ou menos no meio desse monte de coisas aleatórias que conseguimos juntar no fim todas as fichas e notar algo de épico lá. E pior que fica muito bom assim. É um épico meio bobo, mas o que ainda é bobo depois de Senhor dos Anéis? (Ups, as vezes até me esquece que SdA foi a origem de tudo isso).

Se esse tipo de jogo ocupasse menos tempo de nossas vidas com algumas bobagens (como procurar os ingredientes, aprender a receita e preparar um peixe especial para o prefeito de uma cidade que vai falar de um marujo que vai nos dizer como atravessar o mar), eles seriam até bem aconselháveis a qualquer público.

Gostei muito do desfecho desse jogo assim como gostaria do desfecho de um livro simpático. Acho que a diferença é que eu não gasto 60 horas com um só livro, mas é bem verdade que um jogo tem atrativos a mais, ou melhor, outros atrativos além de um enredo.

Falando em enredo, Salgueiro venceu. Que mundo surpreendente, hein.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

The Chronicles of Narnia - pt 3

The Voyage on the Dawn Treader
Fantástico. Brilhante. Lindo. Emocionante. Simplesmente phoda! Ele merece mais alguns, mas sinto que eu tenho que ser breve. Uma viagem ao fim do mundo passando por ilhas onde absolutamente qualquer coisa pode acontecer. Este é o risco daqueles que procuram desbravar o desconhecido neste mundo mágico.

A novidade deste livro é que as duas crianças inglesas mais velhas (se é que isso é possível já que toda criança inglesa nasce velha) dão lugar a um primo. Este primo, o Eustace Clarence Scrubb ("and he almost deserved it"), é quem orienta a história do pequeno Dawn Treader (que tem um dos melhores nomes de navios que já vi). E dizer qualquer coisa a mais sobre isso seria um imenso spoiler. Então, boa viagem até o fim do mundo! E triste seja o nosso mundo que é redondo e sem fim.

The Silver Chair
Após a viagem até o fim do mundo, que horizontes ainda poderiam ser explorados? Muito poucos certamente. Mas Lewis parece que encontrou um que não é exatamente um horizonte, mas não deixa de ser fascinante. O príncipe Rilian, filho de Caspian está desaparecido. Cabe a Eustace e Jill, outra criança inglesa que acabou magicamente indo para Narnia, encontrar o príncipe em mais uma busca fantástica.

Engraçado, eu sei que este livro é bom, mas não consegui gostar dele como gostei dos outros. Sinceramente, a culpa foi de Jill. Ela não consegue ser uma fofa, inocente e corajosa menina inglesa perdida num mundo mágico. Acho que foi isso que me incomodou. Mesmo assim sua leitura é interessante. Até porque vemos pela primeira vez coisas que só serão explicadas no último livro.

ps: estava pensando um pouco mais sobre não gostar tanto desse livro. E acho que a culpa pode ser da viagem do Dawn Treader. É tão boa que faz a gente esperar mais do próximo livro, que é bom, mas não tanto quanto imaginamos que ele seria.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tradição

Você sente que tradição é uma coisa ruim quando ela começa a desviar o trânsito do maior corredor de ônibus do estado (se brincar do Norte-Nordeste, como gostamos de exagerar) no centro da cidade e redirecioná-lo para minúsculas ruas construídas há cem anos para o trânsito de carroças; tudo isso para montar um galo de metal gigante e reunir mais de um milhão de bêbados sob um sol de 40² graus para comemorar algo que ninguém lembra mais o que é.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Coraline - o filme

Finalmente assisti o filme de Coraline. Foi dublado, mas tinha aquele simpático óculos 3D que faz as coisas saírem da tela. Gostei muito do efeito. Realmente ia fazer diferença caso eu simplesmente tivesse baixado uma versão gringa do filme só porque odeio ver filme dublado. Confesso que o autor me ajudou a optar pelo filme dublado com menos peso no coração (e também contei com um empurrãozinho de uma pessoa de muito bom gosto e que muito aprecio). Enfim, só quero dizer que valeu muito a pena e que é realmente um bom o filme.

Claro que como adaptação algumas mudanças foram necessárias. Não acredito que a essência do livro tenha se mantido porque o quesito moral acabou dando lugar à fantasia e à magia. Mas ficou bonito. De quebra, o enredo ficou bem completinho. Um filme simpático, embora o livro seja melhor (ok, sou suspeito para falar).

Ignorem-me e simplesmente assistam o filme!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

The Chronicles of Narnia - pt 2

Aviso logo que esse vem com Spoilers. Se bem mais em relação ao filme do que em relação ao livro.

Prince Caspian
O fantástico mundo de Narnia foi invadido por humanos cruéis, orgulhosos e covardes. Nesse ambiente conhecemos o jovem Caspian que em seus estudos é apresentado às criaturas das antigas histórias. Todas desapareceram, mas nem por isso foram esquecidas. O jovem tinha sua vida pacata como o príncipe herdeiro de Narnia (só lembrei do he-man e seu gato guerreiro). Até que um dia o filho de seu tio, o rei Miraz, nasce. Narnia era pequena demais para dois herdeiros.

O encanto de Caspian (e o destino) pelas criaturas acaba levando-o até elas. E juntos, eles lutam para tentar fazer que a Narnia seja fantástica mais uma vez. Mas se há séculos as criaturas em seu esplendor haviam sido derrotadas, como poderiam vencer agora?

É ai onde entram as quatro crianças inglesas. Elas são os reis dos tempos de ouro de Narnia que vão lutar contra monstros japoneses gigantes para que os ideais da verdade e da justiça sejam retomados. Mesmo para eles, essa batalha não será nada fácil.

Esse livro teve uma adaptação feita ano passado para os cinemas (também Disney). Eu até tinha achado legal e emocionante na época, mas quando finalmente li fiquei decepcionado. A Disney não adaptou. Ela deturpou a história. Criou situações e problemas que não existiam. E a questão da moral foi deixada de lado no filme. Não há a crença que traz a vitória no final no livro. Falando em final, o livro propõe uma espécie de dilúvio que purifica a raça corrupta dos homens. O que aparece no filme parece uma piada diante disso.

Enfim, como perdão dos spoilers, este é um livro que mostra que talvez a Disney não esteja tão respeitosa na questão da moral cristã presente no livro e que sem isso alguns livros mais na frente serão impossíveis de ser adaptados. Mas que se faça a vontade de Aslan e vamos ver no que dá.

Um ps: a Disney por algum motivo aleatório decidiu envelhecer os personagens além da conta, o que vai ficar meio feio mais pra frente. Ah, e também inventaram um romance totalmente sem sentido que parece que vai feder no próximo filme.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

The Chronicles of Narnia

Que dizer sobre esta obra? Sinceramente, não sei. Dizer que é perfeita seria resumir demais os dois meses de alegria que me trouxe. Poderia falar de estilos ou gêneros presentes no livro de C. S. Lewis. Mas como rotular? Fantasia, fábula literatura inglesa? Poderia dizer que é longa. No entanto estaria mentindo porque alguns desses livros li em um dois dias. Se não fossem as férias e os emuladores, acredito que duas semanas é o suficiente para se ler com calma todas as sete obras. Acho que se eu fizer por partes fica menos bagunçado (mesmo sendo muitas partes).

Nisso é preciso dizer que o autor propôs uma ordem cronológica de leitura. Não aconselho esta ordem. Ele destrói muitas surpresas e também apresenta coisas sem a mesma magia. Melhor seguir a ordem de publicação. Que pode demorar um pouco mais nas idas e vindas, mas são de fazer chorar. Vou tentar evitar ao máximo os spoilers, mas acho que um ou outro poderão me escapar. Que Aslan me perdoe!

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The Lion, The Witch and The Wardrobe

Este é sem dúvida o livro mais importante das crônicas de Narnia. Não porque é o melhor ou por ser o mais bonito. Simplesmente é o mais famoso e geralmente aparece representando os outros seis livros em algumas listas de melhores livros ingleses do século passado. No entanto, não é por isso que ele seria melhor que os outros. Ele tem muitos méritos e também é o de leitura mais leve de todos. Posso até dizer, com um certo receio, que é o mais infantil também. Se uma criança não gostar dessa história, ela provavelmente tem sérios problemas!

Nele somos apresentados a quatro crianças inglesas (Peter, Susan, Edmund e Lucy) que se aventuram pela primeira vez no fantástico mundo de Narnia que até então era dominado por uma bruxa antiga e má. O meio de chegar a este mundo encantado foi um velho guarda-roupas (wardrobe). Para fechar o título só falta o grande herói da história: o leão.

Vale ressaltar que esse leão não é só para deixar a capa bonitinha; ele é o próprio Cristo/Deus (ou a representação do Cristo naquele mundo fantástico, como sugere a Wikipédia). E por que Deus precisaria da ajuda de 4 crianças inglesas para combater uma bruxa antiga e má? Bem, Deus escreve certo por linhas tortas. Com a onipotência vêm alguns luxos.

A Disney fez uma adaptação até simpática desse livro. Mas faz muito tempo que eu vi o filme, então não confiem em minha memória. O resto só lendo para não estragar a surpresa.