terça-feira, 26 de agosto de 2014

The Executioness

Uma mulher de família miserável. Um mundo que sofre os efeitos colaterais do uso indiscriminado de magia. A perda do seu bem mais valioso: os filhos. Esses três motes compõe a história desse livro curtinho, simples e um tanto divertido. Quase uma sessão da tarde literária.

A personagem principal do livro sai em busca de bárbaros assassinos que combatem a magia do mundo para tentar reavê-los. Sua busca a faz viajar por meio mundo em busca de vingança e dos filhos. E como é de costume, a viagem a faz mudar. A única coisa que restará de sua antiga vida é o machado de seu pai e a vontade de rever os filhos.

Uma leitura tranquila e sem surpresas, mas que mantém algum nível de qualidade.

domingo, 17 de agosto de 2014

The Monarch of the Glen

Uma continuação de American Gods. Talvez não tão necessária, já que American Gods tem um desfecho bem legal, mas interessante em vários pontos. É quase um exercício de imaginar o que aconteceria com tal personagem após o final de um livro. Principalmente um onde acontece todo tipo de transformação com esse personagem.

Nesse livro, voltamos a encontrar Shadow. Ainda com alguns problemas de autoafirmação, porém menos traumático nesse ponto. Ele está num lugarejo escocês, local onde os deuses nórdicos também estiveram e também haviam sido há muito esquecidos. Seu passado e uma nova situação de outro mundo vão se cruzar e colocá-lo à prova.

Um livro curto, praticamente um conto mais longo. Interessante para quem leu American Gods de Neil Gaiman. E vemos de forma definitiva o fim da história de Shadow. Talvez sem todo o glamour do final de American Gods, mas ainda com um tom especial e de esperança no futuro. Uma boa leitura.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Moby Dick

De modo geral, fora alguns momentos legais e brilhantes, esse foi um livro que me decepcionou. Esperava bem mais dele, mas o que vi foi um grande sofrimento em descrições intermináveis e muitas, mas muitas mesmo, consultas ao dicionário. Melville usou e abusou das descrições de todas as coisas presentes no navio para nos dar a imagem de como era a vida dos pescadores de baleias. Era uma arte perigosa, que já estava em declínio pela pesca predatória, mas que ainda fazia muitos homens se lançarem ao mar.

Mas a pesca da vez não era só pelo lucro. Ishmael decide em sua jovialidade experimentar um pouco daquela vida. Faz amizade com um selvagem e termina no navio do capitão Ahab, que havia recentemente perdido a perna para um demônio branco conhecido como Moby Dick. Ahab está louco, mas ainda é o capitão do navio e usando de intimidação e propina consegue fazer seus homens o seguirem até o fim do mundo. Embarcados no Pequod, eles atravessam vários mares e encontram vários outros navios antes de finalmente localizarem a baleia. Quase uma busca de uma agulha no palheiro. Em termos de páginas, só vemos Moby Dick ser apontada quando chegamos em cerca de 90% do livro.

Nesse meio termo, são intermináveis as descrições. Cheguei a saltar capítulos inteiros que falavam de tipos de baleias, velas, ganchos e outras coisas existentes nos navios. Parecia quase uma caça do que valia a pena ser lido e o que não. O capítulo que mais me chamou a atenção foi esse aqui, que compartilho sem vergonha pois pode ser lido sem prejudicar o resto da leitura. Mas tanto enchimento de linguiça para tão poucos momentos bons assim.

Enfim, é um livro longo demais. Melville dá vida a imagens muito distantes da realidade de seus leitores e para isso se perde numa enfadonha infinidade de descrições. As quebras de narração para descrever coisas no navio são tão constantes que a vontade, a qual eu cedi algumas vezes, é de simplesmente pular alguns capítulos. O encontro com a grande baleia branca acaba deixando por desejar. Ahab sai para caçar um monstro e o seu destino faz parecer que ele subestimou, e muito, um ser que todos os baleeiros evitavam. O final não compensa tanta dedicação para chegar até ele.