quarta-feira, 6 de setembro de 2017

A Princess of Mars

Edgar Rice Burroughs devia ser um homem de imaginação fértil. Afinal no mesmo ano que criou Tarzan, ele também criou John Carter. O que mais me surpreendeu foi esse ano bastante criativo ser 1912. Um período de tensão política mundial e este senhor escrevendo sobre homens pelados em locais exóticos sendo heróis com H maiúsculo... Se pararmos para pensar, isso é uma solução genial. Se o mundo em que vivemos é cinza e sem graça. Imaginamos um planeta vermelho cheio de aventuras.

A Princess of Mars relata a história fantástica de John Carter, da Virgínia. Ainda na terra, ele foi explorar o oeste e quase morre ao ser perseguido por selvagens. Sua fuga o leva misteriosamente ao planeta vermelho, onde ele é logo capturado por selvagens alienígenas verdes, gigantes de 4 braços, os Tharks. Nesse ponto, ele vai aprendendo e se adaptando aos novos costumes. Como a gravidade do planeta é diferente, ele é mais forte que os nativos embora seja bem menor que eles.

Pouco depois de sua captura, John Carter conhece Dejah Thoris, uma bela princesa marciana, pertencente a uma raça de homens vermelhos e mais civilizados que os Tharks. Apesar de possuírem costumes diferentes, eles vão se aproximando e o amor entre eles movimentam uma guerra que envolve 3 ou 4 raças de povos em Marte.

A Princess of Mars é uma obra exemplar de 'damsel in distress' e aventura. Apesar de se passar em outro mundo, dificilmente conseguimos associar a ficção científica. Sem dúvida a arquitetura local é exótica e os barcos que flutuam utilizando um tipo de luz são fantásticos, mas estão mais próximos da fantasia.

Ainda assim, Burroughs conseguiu fazer uma aventura leve e divertida de ser lida. É um bom livro para ser lido sem buscar sentidos profundos ou significados escondidos. Praticamente um filme de sessão da tarde.