sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

29 de Fevereiro

Hoje é um dia único.

E digo mais: ele acontece a cada quatro anos.

E digo mais ainda: a história desse dia está em todos os jornais e tem a ver com a Igreja.

E ainda sou capaz de dizer mais: tem gente que nasce em dias assim e se diz com 16 anos estando com 64 anos.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Desistência

Sabe, tentei ler James Joyce essa semana. Peguei feliz 'A Portrait of the Artist as a Young Man', mas fui surpreendido por uma língua estranha. Deixei-o de lado e só decidir olhar para algo desse autor quando eu aprender irlandês ou seja lá o que for aquilo escrito.

Se fosse meu, o livro ia para pilha onde Nietzsche e a Biografia feita por Pedro Biau aguardam sua vez.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Stardust

Quem me viu empolgado com o filme de Stardust (ou simplesmente sabe que só faço elogiar) vai achar que lá vai uma série de elogios a esse livro agora. Mas vou deixar passar desta vez, porque o achei simplesmente decepcionante. Não posso deixar de dizer que até me senti traído por Gaiman. Mas vamos por partes.

Originalmente concebido para os quadrinhos, o livro realmente deixa muito a desejar no quesito imagens. As descrições são oks, mas... falta vida nelas. Parece que o texto está sempre pedindo as imagens com os quais foram feitos. Um livro de fantasia não tolera isso. Mas perdoemos. Afinal, originalmente não era um romance.

A história é diferente do cinema. Era previsível, mas não da forma que é. E note que no cinema está bem melhor.

A idéia é a mesma. O Tristan Thorne atravessa do vilarejo de Wall para Fairy em busca de uma estrela para presentear seu grande amor. Mal sabia ele que pela estrela iria se apaixonar. As sidequests também são as mesmas. Tem lá as bruxas que querem o coração da estrela. Tem os sucessores de Stormhold e a mãe de Tristan que está encantada.

Mas no livro encontramos um Tristan mais cruel que o do filme. Também é um Tristan que de repente se apaixona, do nada, literalmente. A estrela realmente o odeia, até do nada, literalmente, se apaixonar. E todos os outros aparecem no caminho acidentalmente mesmo.

Os sucessores de Stormhold também são apresentados de forma diferente. Primus é realmente piedoso (isso fica solto no filme). E Septimus é realmente uma cobra (no filme ele é, digamos, um homem com motivos bem fortes para fazer o que faz). Outra coisa é que o medalhão realmente cai nas mãos da estrela para que ela seja o instrumento de sucessão de Stormhold (e não bate nela quando ela está voando atrás do Surfista Prateado).

O livro mostra a bruxa má realmente como alguém mais forte do que é no filme. Mas no fim ela é simplesmente perdoada. Aliás, não morre ninguém. Só os sucessores de Stormhold. E, à exceção de Primus, todos de forma bem diferente.

E pra fechar toda a obra, não tem Happy Ending. Esse foi o cúmulo.

Enfim, tudo está mais explicado, mas se apresenta mais quadrado. Não há emoção nem a velocidade que o filme apresenta. É sem graça. O livro sim parece um conto de fadas para adultos sérios e/ou ingleses (pois não penso num final com solidão como algo admirável). Não é como o filme que é um simples conto de fadas, com algumas cenas pesadas para as criancinhas de berço, mas todo bonitinho. Enfim, esse é um caso raro onde digo: vão ver o filme e citem o livro apenas a título de curiosidade.