segunda-feira, 23 de março de 2009

Sobre porque a sessão da tarde deveria deixar de existir

Na verdade, nem assisto sessão da tarde na Globo por problemas técnicos e falta de interesse mesmo. A parte técnica pode ser relaxamento, mas a falta de interesse é porque filmes de cachorro e animais falantes todos dias meio que cansam. Isso sem esquecer de nossas brilhantes produções nacionais do que sobrou dos Trapalhões. Mas nada disso importa porque a sessão da tarde global já faz parte de um horário maluco fixo que nunca muda por cabeça dura.

Acabei me pegando assistindo à sessão da tarde do SBT. Essa é realmente genial. Parece que qualquer filme tem que caber no espaço de uma hora. Ai acaba havendo uma edição estilo movie-a-minute mesmo. O filme de hoje foi Mortal Kombat, que já é muito ruim, e estava tudo tão picotado que mal fazia sentido. Garanto que isso não é privilégio do MK.

Ainda tentei pensar em algum uso criativo para isso, mas acabei lembrando de Arnaldo Antunes e suas poesias bizarras. Essa visão do inferno ficou tão presa na minha mente que acabei torcendo o pé. Tudo culpa do concretismo sem noção nacional.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Free Style

A gente percebe que anda pouco de ônibus quando de repente começam a vender tabuadas matemáticas com 42 matérias, que contém a nova regra ortográfica, dicas de etiqueta e ainda uma lista de 230 ervas que curam até mal olhado. Tudo por cinco reais. Quase comprei só por curiosidade.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Um dia eu ponho um título

Como torcedor do Sport, estou muito feliz pelo que vejo meu time apresentando até agora. É impossível conter um certo sorriso de orgulho quando vejo muitas pessoas na rua com a camisa de meu time. Elas podem ser feias, desdentadas e comunistas, mas que me importa? Meu time venceu e isso basta para olhá-las com uma certa intimidade feliz (sem me aproximar muito, claro. Um sorriso basta).

O mais curioso de hoje, no entanto, foi ver a prova de que o pernambucano é mesmo uma criatura complexada (até no futebol). De repente, é necessário toda imprensa parar para mostrar os gols do Sport e só falar de o quanto somos bons (se bem que justo seria dizer que somos os melhores). Fico bem feliz em só ver os gols mesmo e o jogo pela tv. Estou nem ai para o fato do "sul" (região geográfica que compreende qualquer lugar, com excessão da Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) prefira ver notícias sobre o fra ou a estréia do gordo no curinthians. Se eles possuem o públicos deles lá (e cá) com interesse nessas coisas, problema deles. Como já disse, fico feliz em simplesmente ver meu time vencer e acho meio brega como o povo aqui fica abestalhado quando um jornalista/comentarista do "sul" fala sobre nós.

Menti antes, o mais curioso não foi ver a reclamação geral de meus conterrâneos por fóruns e blogs espalhados por ai. Curioso foi ver um torcedor do Santa Cruz coleguinha meu ficar feliz com o fato de ter faltado energia na zona sul de Recife durante o jogo. A alegria dele se devia porque os "playbas" iam ficar sem ver jogo. E nisso olho para a figura que tinha dois brincos e usava aquelas camisas baby look... enfim, um típico playba. Mas ele é Santa Cruz que é o time do povo e povo sempre fica feliz quando playba se ferra. Ah é, esqueci de dizer que ele é pernambucano e assistiu o jogo para torcer a favor do Nordeste contra tudo e contra todos!

Como sou otimista, ainda acredito que um dia ainda vamos nos livrar desses moinhos de ventos.



ps: caraca, eu tinha me esquecido como esse clipe é ruim.

segunda-feira, 2 de março de 2009

The Chronicles of Narnia - pt 4

Já sinto que alongo mais do que devia, mas uma vez que comecei tenho que levar até o final. Se bem que aqui realmente temos um ponto em que qualquer coisa dita seria malquista por quem ainda for ler (e quem não for: que tenha vergonha de si).
The Horse and His Boy

Dos sete livros que compõe as crônicas, este é o mais, hã, "diferente" de todos. Não pelo aspecto moral, que continua sempre presente (e sem o qual Narnia deixaria de ser Narnia), mas pelo próprio começo. Não vemos garotos ingleses indo de encontro ao desconhecido para ajudar uma terra fantástica em necessidade. Conhecemos apenas um jovem escravo e seu cavalo (ou como ele, o cavalo, prefere: o cavalo e seu garoto).

Também somos apresentados a mais uma nova fronteira de Narnia. Uma terra desértica e com tradições antigas e cruéis. Talvez seja algo no enredo ou algo no protagonista. Confesso que esta é uma das histórias que mais gostei nesse mundo. Delightful.

The Magician’s Nephew & The Last Battle
Aqui qualquer comentário seria um imenso spoiler. Mas, só para estragar a surpresa de quem achava que não vou dizer nada, vou dizer algumas coisinhas sobre elas. Bem, toda história precisa de um começo e de um fim. As duas a seu próprio modo mostram e explicam tudo o que vimos até agora nesses outros tantos livros. Ah, o final é daqueles de fazer chorar! Mas só se você acompanhou Narnia todos os outros livros.

Só mais uma coisa. O Lewis parece que orientou uma certa ordem de leitura que inicia com o Magician’s Nephew. Na verdade, a ordem dele é cronológica (numa crônica isso faz até sentido). Esse livro só vai fazer algum sentido e ser realmente muito bom caso você já saiba de antemão todo o resto que se passou em Narnia. Ele literalmente estraga muitas surpresas e torna outras coisas nos demais livros sem valor. Enfim, seguindo a ordem, pode-se terminar a Última Batalha com um pouco de pena porque terminou e muita felicidade por aquilo simplesmente existir.