O Arthur em geral assume a postura de bobo incrédulo. O Zaphod é completamente aleatório, o que o autor parecer considerar a genialidade do personagem. Trillian é uma figurante. Ford é realmente o palhaço da história, por vezes inteligente por vezes apenas serve para ficar em denial. Os demais personagens parecem apenas seguir uma obsessão clara e ignorar todo o resto. Aparentemente esse é o universo de Douglas Adams e na realidade é sua visão da humanidade. Cada um com seu problema ignorando tudo que não é o seu problema. Isso inclusive é a justificativa da tecnologia de invisibilidade em algum momento.
Em geral, nesse primeiro livro o grupo, mais o robô maníaco depressivo, está em busca de um planeta esquecido pelo tempo. Lá descobrem que a terra é um experimento e depois saem do planeta fugidos e sem que tenha havido algum motivo para eles sequer terem ido àquele planeta. É um pouco assim que toda a narrativa é levada daí então. É divertido, mas não faz muito sentido se você estiver pensando em alguma história. É uma espécie de sketch cronológico que leva nada a lugar nenhum com algumas risadas no meio.
Gostei bastante na primeira leitura, mas na segunda não havia surpresa alguma. Talvez deva esperar mais uns 20 anos até a próxima.