Words are not meant to stir the air only: they are capable of moving greater things.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Nova cara
Tenho que admitir que ficou bem menos feio de se olhar e nem precisei saber nada de html para isso!
segunda-feira, 23 de abril de 2012
So long and thanks for all the fish & Mostly harmless.
Quando estava relendo o Ultimate Hitchhiker's guide to the galaxy, achei engraçado que eu não possuía a menor lembrança desses 2 últimos livros. Não foi nada estranho reparar depois que nunca os havia lido. Cheguei a começar o primeiro há alguns anos, mas parei acho que na primeira página mesmo. Estava cansado da série. Aliás, acho que estava mesmo cansado do peso do livro. Todos juntos num só lugar pode ser uma boa economia na hora da compra, agora um tijolo de quase mil páginas está longe de ser confortável.
Enfim, finalmente terminei a leitura de todos os livros dessa saga escrita por Douglas Adams. Achei estranho que muita gente comente como se ainda pudesse haver alguma continuação. Sinceramente, não acho que há. Tudo termina numa louca gargalhada insana. Acho que não poderia ser diferente, a vida que o coitado do Arthur Dent levou era realmente digna disso. É bem bacana a ausência do Zaphod. Deixou o livro muito melhor e sem randomness.
Mesmo assim após terminar a saga, sinto um pouco de tristeza. Não sei se consegui pegar o que o autor realmente quis passar nesses dois últimos livros. O primeiro do título é provavelmente um trocadilho com temas ambientalistas. Aquela coisa do "nós é que estamos e extinção e precisamos de proteção". Também é interessante como o Arthur volta à terra tão mudado por sua viagem que ele se transforma em um estranho em sua própria casa, no caso, em seu próprio planeta. Conhecemos um novo personagem feminino que deixa claro como a Trillian é uma casca oca sem sal.
O segundo livro, Mostly Harmless, é intrigante. Achei-o desconfortável. Tudo que o Arthur consegue, ele perde e isso se repete várias vezes. Parece que o universo é um bully perverso contra o Arthur e fica testando sua racionalidade. Ele acaba virando uma espécie de Jó que só faz sofrer e no final não vai receber nada em dobro. A gente até imagina que alguma hora a sorte aleatória que Arthur sempre teve vai ajudá-lo, mas dessa vez seu inimigo, o universo, parecia ter um plano infalível contra ele. E ai temos a gargalhada final...
Deve ser coisa da idade, este último livro foi escrito alguns anos após os demais terem feito algum sucesso. Talvez tenha a ver com o trabalho ambientalista que o Douglas Adams vinha desenvolvendo. Ou mesmo tenha a ver com qualquer outra coisa, vai saber. Mas este último livro é realmente desconfortável. Certamente dá um desfecho que pode ser considerado final à saga, mas não é bem o que era esperado. Talvez o próprio autor tenha pensado nisto e quase uma década após Mostly Harmless tenha começado um livro que, dizem, terminaria a saga de um outro modo. Mais feliz? Menos? Não há como saber. Só visitando o Douglas Adams no além. Acho que ainda posso esperar alguns muitos bons anos antes de matar essa dúvida.
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