segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Um Conto de Natal (atrasado)

Todas as histórias de Natal já foram escritas, cantadas, narradas ou mesmo dançadas (vai saber como). É fácil chegar a essa conclusão apenas dando um passeio por ai ou assistindo à sessão da tarde. Ainda assim é possível entre uma lembrança e outra conhecer alguma.

Charles Dickens é um mestre em falar de pobreza como algo bonitinho (quase miguxo). Talvez isso aconteça por causa do ofício de jornalista que ele exercia, mas até hoje essa influência não foi provada. No entanto, apesar de trabalhar no que trabalhava, ele é um autor de estilo e originalidade raras. Seu conto de Natal é uma prova disso.

Mesmo no tempo de Dickens, todas as histórias de Natal já estavam escritas, a sessão da tarde apenas as atualizam de acordo com o período. Seu Conto narra o sonho de Natal de um velho ranzinza chamado Scrooge (Isso mesmo, o tio Patinhas).

Na véspera de Natal, Scrooge é visitado pelo fantasma de seu antigo sócio, que o alerta de um ultimato que o velho ranzinza receberá. O ultimato é a visita de três espíritos, o Espírito do Natal Passado, o Espírito do Natal Presente e o Espírito do Natal do Futuro. Eles mostram ao velho o que ele fez, o que ele vem fazendo e como terminará. Scrooge é tocado pela mensagem dos espíritos e muda completamente sua vida.

É um conto bonitinho e meigo, no entanto consegue ser duro e cruel quando necessário, coisa que só Dickens poderia fazer. E deixa uma forte mensagem de mudança. Melhor que qualquer livro de auto-ajuda, Um Conto de Natal de Charles Dickens é um bom texto para se ler em qualquer época. Sua mensagem independe de épocas, afinal sempre há tempo para mudanças.

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Falando em mudanças. Lá se vai mais um ano. Espero que 2008 seja um ano melhor e que me traga muito mais dinheiro, surpresas e felicidades! E quem sabe dessa vez eu não ganhe na loteria...

Ah sim, e aos fantasmas que vierem por aqui, podem pegar um pouco desses votos emprestados.

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