quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Triste Ano Novo

Ano novo, caneta nova. Pena não poder levar essa metáfora aos blogs (afinal nem metáfora isto é). Por aqui devo dizer algo tipo "ano novo, fonte nova" e é só por isso que hoje usar essa fonte brega. Mas não é sobre isso que eu iria falar.

O caso que deu nome a este post foi uma decepção que me foi dada por Saramago. Depois de muita euforia com Intermitências da Morte e com a Jangada de Pedra, tive a infelicidade de escolher Ensaio sobre a Cegueira para dar continuidade à minha fase Saramago de leitura. Triste escolha. Não é que o livro seja ruim, pois ele é um autor de qualidade tanto em conteúdo quanto em estética (mas há o bagulho das vírgulas, é verdade), mas é um livro triste, sujo e desesperador.

O Mal Branco que levou o país à cegueira, levou as pessoas ao estágio de animais. Isso mesmo, de forma diferente, Saramago acabou se rebaixando ao nível de Jack London (cuspe ao chão) com o seu Call of the Wild. Ele nos dá vontade até de refletir e assistir palestras pseudo-filosóficas promividas por DAs. Eca!

Para se redimir de tal crime à sua carreira, foram precisos muitos livros bons, ou pelo menos alguns excelentes. Por enquanto Todos os Nomes vem me recuperando de tal abalo pela excelência que possui. Pense num funcionário de um grande arquivo público (bem aos moldes do FMDO de os Aspones) que possui um complexo de burocratização ou de sei lá o que mais. Tente pensar no que ele é capaz de fazer por... nada.

Esse sim não deixou meu ano novo tão triste. Ah, e também a caneta que além de nova é boa (coisa rara, hein).

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Gostaria de Solicitar 1 minuto de silêncio pela morte do maior estadista moderno do Oriente Médio: Sadam Hussein. Com sua conduta e mão forte, este homem permitiu a criação de milhares de obras cinematográficas que animaram as sessões da tarde de milhões de brasileiros durante as décadas de 80 e 90. Certamente foi uma grande perda para a indústria cultural norteamericana.

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Um ps do post anterior que omiti por omissão. A contra-capa deixa bem claro que a pessoa que a fez leu apenas 15 páginas do livro, pois Charles Bingley não vai pensar nem em orgulho muito menos em preconceito. Ele também não é o protagonista, motivador talvez, mas não protagonista, posto defendido por Mr. Darcy que de fato faz as reflexões propostas pelo título de Jane Austen. Ah, Mr. Darcy, como as pessoas se enganam a seu respeito!

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