Dessa vez não tive como fugir. Lá estava eu feliz e alegre quando o cruel destino me colocou diante do mesmo clube de terceira idade (mas esse tinha um outro nome, acho que era União Brasileira dos Escritores, mas não lembro). Dessa vez foi pior, pois o homenageado estava vivo e com isso ficamos na obrigação de entrevistá-lo. Seu nome era Olímpio Bônald (o que me levou a uma quase irresistível vontade de chamá-lo de Donald. Mesmo assim não consegui falar o nome dele corretamente, pois era impossível pronunciar da forma que ele pronunciava). Mas voltando, ele era professor, procurador, escritor, técnico, poeta, pintor, músico e mais algumas coisas. Isso nos levou a um momento impactante da entrevista que tentarei reproduzir (por favor, tirem as crianças e os indies da sala):
- Como o senhor se define? Um escritor? Um poeta?
- Meus amigos me chamam de poeta indefinido. Pois fiz trabalhos dentro de tantas áreas que é até difícil me definir em algo específico.
- Mas o senhor prefere qual definição?
- Gosto dessa.
Foi publicado como "professor", já que esse é o único de seus trabalhos que é remunerado. Isso me deixou curioso em porque essas pessoas gastam para publicar coisas com as quais ninguém se importa. Mas isso nem é um pensamento importante, pois as pessoas tem todo o direito de fazer isso afinal. Só não acho que esses trabalhos tão cheios de importância tenham todo esse destaque dentro desses clubes. Mas esse é mais um mistério da indecifrável raça humana. Mas chega desse tema, que já deu mais do que já tinha que dar. Enquanto isso eu sigo lendo o meu Cervantes, que me parece num nível beeem superior.
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