sábado, 24 de novembro de 2007

Viagem sentimental a Petrolina e Juazeiro

Petrolina
A seca no litoral pernambucano me forçou a pegar um pau-de-arara cheio de estudantes bêbados, que haviam secado o estoque de álcool da capital e buscavam mais no interior, e me dirigir ao interior do estado. Após 12 horas de estrada e apenas 2 de sono, vimos aquilo que foi o objeto de nossa viagem. Nos quatro dias que passei tentando atingir meu sonho de América no sertão deu para notar algumas coisas na cidade:
- O sol não tem a menor moral lá. 40 graus na cara, clima seco, empoeirado e nenhuma gota de suor. Bom para se manter limpo, não fosse a poeira.
- O shopping de Petrolina tem três passos de interior. Todo esse espaço é preenchido pela nata petrolinense, que envolve patricinhas, mauricinhos, posers e crentes. Todos mui bem produzidos para ver os dois filmes em cartaz nO cinema da cidade.
- Singrei os sete mares do velho Chico, observando a vida marinha e o acasalamento das piranhas. Algumas tentaram acasalar com a tripulação, mas felizmente conseguimos aportar antes.
- Pude conhecer uma vinícola de perto e ver a vida de turistas idiotas e velhos no seu habitat natural. Lá também posso dizer que experimentei de tudo um pouco (exceto dos turistas, claro).
- Também vi que Petrolina é um péssimo lugar se você quiser se vangloriar de seu sotaque. Todo mundo tem o sotaque de algum lugar por lá. Os gaúchos falam como gaúchos, os baianos como baianos e os cariocas como os chatos que são. Só os petrolinenses de fato falam sem sotaque, mas estes são uma espécie em extinção.
- Visitei o Bodódromo. Local onde não um bode.
- Vi a maior concentração de mangueiras urbanas na face da terra. Cada casa tem pelo menos três.

E por fim voltei no mesmo pau-de-arara. Mas dessa vez os estudantes não suportaram a dor de ter seus sonhos despedaçados com o sumiço do álcool de Petrolina.

Mas ainda há duas importantes coisas para falar sobre a outra dádiva do São Francisco. Mas esta fica do lado baiano.

Juazeiro
- A cidade tem dois prédios com ótima vista para Petrolina.
- Lá há placas de bairros como placas de ruas. Weird.

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ps: Há que se agradecer a família que recebeu este chato que escreve forma como se fosse rei quando na verdade era um retirante.
pps: Para variar, como em qualquer viagem, fico com a sensação de que perdi alguma coisa. Mesmo sem ter perdido nada.
ppps: Como promessa é dívida e disso eu corro: Um beijo gostoso, Cris.

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