terça-feira, 13 de novembro de 2012

Deus seja louvado

Há quem reclame de expressões que aparecem aqui e ali contendo coisas inofensivas. Essa daí está nas cédulas desde que elas surgiram e aparentemente só incomodou até hoje quem nunca as teve em demasia. Mas é melhor deixar de lado essa questão religiosa que está prendendo a atenção de muitas pessoas (0.01% da população) que se importam com isso enquanto tão poucos estão nem ai (99.99% da população). Poucas pessoas conseguem observar o verdadeiro preconceito que há em nossas cédulas: o preconceito linguístico (saudades do trema, RIP).

Ora, o Brasil é um país de dimensões continentais, claro que há minorias linguísticas que são forçadas a usar esta cédula escrita nesse tal português brasileiro. Fica aqui uma sugestão, por que não abraçar todas essas minorias ao mesmo tempo? Seria um movimento semelhante ao da Coca-cola do João, da Maria e do José que por algum motivo faz sucesso nas redes sociais. Pode-se ter versões da cédula para cada dialeto Tupi existente, bem como o de outras linguagens indígenas. Também precisa-se atender aos estrangeiros e descendentes que vivem em nosso país. Cédulas em japonês, italiano, francês, alemão, espanhol e carioca devem resolver o problema.

Enfim, soluções não faltam. Mas se algum ateu ou seguidor de oxossi e ganesha estiver incomodado com as cédulas existentes, aceito que me enviem as deles. Ficarei muito feliz com os envios, com ou sem louvor.

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