Glamour. Acho que essa foi a imagem que o trailer do filme me deu desse livro. Esperava muitas festas e um homem de estilo de vida incorrigível que iria se perder por um motivo qualquer. Uma espécie de Atlas das festas e boa vida da Ayn Rand. Mas Jay Gatsby não nos passa isso. Claro, as festas estão lá e aparentemente são lendárias também, mas sob os olhos do protagonista Nick Carraway, tudo parece meio sem importância. Jay Gatsby é um homem de um só objetivo.
The great Gatsby tenta contar a história de Jay Gatsby, um novo rico cuja fortuna tem procedência tão duvidosa quanto sua própria história. Seu passado é recheado de informações fantasiosas e que são aumentadas ou alteradas mesmo pelas pessoas que o conhecem. E por mais que suas festas sejam lendárias, ele pouco aparece nelas e quando o faz é sempre discreto. É quando somos levados a perceber que todas as ações desse riquinho possuem um objetivo bem específico e nada racional. Talvez esse seja o seu maior charme. Pensar o quão louco alguém teria que estar para fazer o que ele fez por alguém que realmente não merecia.
E ai somos levados a um drama de mentiras, traições e sangue. E leva-se um bom tempo até chegar a esse ponto. Quase metade do livro passamos vendo descrições e somos introduzidos a meio mundo de figurantes de luxo das festas americanas. Personagens que provavelmente ainda existem por ai, mas usando diferentes vestidos e marcas.
Até tenho vontade de dizer que esse romance é uma obra moderna. A história de um homem com uma ambição e contada por um protagonista aguado e quase blasé. Mas penso que esse tipo de drama por traições e desejos dessa forma são bem datados, apesar de ainda possuírem algum charme. Trata-se de um romance curto e divertido. Vale a pena ser lido apesar de falar de um homem perdido em um tempo perdido.
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