sábado, 3 de maio de 2008

A volta das Heleninhas

Como já disse antes, num ambiente político/público se discute todo tipo de absurdo ou assunto. É tudo uma grande e infinita repetição de fatos sem que exista nenhum progresso para lado algum. Há até quem diga que é esse processo que acaba desestimulando os parlamentares. Mas fala sério, eles criaram toda essa burocracia para si, pelo menos fico feliz em descobrir que alguns deles sofrem com isso. Para variar, não é sobre isso que vou falar. Apesar de tudo ser um grande teatro em repetição, algumas coisas acabam chamando nossa atenção.

Numa audiência pública que discutiu o inédito tema da violência infantil foi chamado um professor meio doido de minha terra (que foi censurado da matéria, por que será?). Segundo o professor Maluquinho, a violência é uma característica inata do ser humano, então era bobagem isso de 'aumento da violência contra menores ou de menores'. Tudo isso era natural e sempre vai existir.

Outro ponto do Maluquinho é que a família não está em crise. Para ele os valores da sociedade estão mudando e com eles a família também muda. Em miúdos, a família moderna é aquela de pais presos, das mães adúlteras e de primos-irmãos (além de outras combinações mais criativas que me dariam um processo se escritas), mas nada da família ser causa de violência.

Quando já estava me coçando, crente de que ia ouvir mais uma explicação sobre os valores do Estado criam violência ou algo como impunidade gera violência, o Maluquinho me surpreendeu. A verdadeira culpada da violência juvenil no país são as Heleninhas. E não pensem que ele deu uma de Cristóvam Buarque e prometeu salvar o mundo com a educação. Quem ensina ética e moralidade e nos impede de sair por ai tocando fogo em mendigo e baleando as pessoas são as professorinhas primárias. A verdadeira culpa da violência no país é das Heleninhas que não são mais o que foram.

Elas podem até não estar mais controlando a violência juvenil, mas um dia podem aprender a ser gostosas e fazer o que se faz em países ricos. Assim com certeza a violência dos pirralhas seria contida e o Brasil ia ser feliz para sempre e eternamente.

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