segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O Velho e o Mar

Um dos raros casos de tradução literal de títulos do inglês para o português. Rara também seria a beleza dessa história se eu estivesse ouvindo algo emo por aqui. Só posso dizer que é mó bonitinho e simpático, como toda e qualquer história que fale de pobre e sofredor ("que é antes de tudo um forte").

Um velho pescador chamado Santiago cai no mar para ver se afasta a quizumba de passar 84 dias sem fisgar nada. Ele se arrisca mais para os outros seguindo para o mar aberto e lá pesca o maior peixe da sua vida (de sua vila e de sua ilha, provavelmente). Claro que nada é fácil para pobre. Ele precisou de 2 dias para conseguir capturar o peixe em um duelo homem x natureza.

Duelo esse que trocando um peixe por um samurai e trocando a linha de pesca por uma espada seria bem nerd. Eles têm essa paixão por coisas lentas e introspectivas, algo como: "sou o cara mais foda do universo inteiro, o que preciso para vencer meu inimigo supermaisfodaqueeu é apenas encontrar o meu eu interior". E voi là; fim de luta. Geralmente termina com uns dizeres à la 'o meu Kung Fu é melhor que o seu'.

Hemingway não fala de bobagens para salvar o mundo e nem encontrar o eu interior. Ele simplesmente fala de um velho sem sorte e debilitado que conseguiu lutar contra todas as adversidades usando apenas sua experiência para fisgar o maior peixe das paradas. O velho se supera, mas não previra que a luta não estava terminada. Seu peixe é devorado por outros e no fim temos apenas um velho pescador sem sorte e triste (o que nos deixa triste, por sinal).

É um livro bonito. Não indicado para quem quer um pouco de ação, claro. Mas é um dos tops daqueles livros que qualquer pessoa deveria ler antes de morrer (o resto deixa para depois).

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Cheguei ao post 100 e ainda me agüento, céus! Estou ficando velho!

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