Words are not meant to stir the air only: they are capable of moving greater things.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Poeira
*limpando as teias*
É... parece que este lugar precisa de uma boa limpeza. Pelo menos ainda está de pé.
sábado, 5 de setembro de 2009
Mate-me Por Favor
Não, ainda não virei emo. Também nem andei considerando a idéia. Mas acabei lendo este livro que é um pequeno documentário sobre o punk. Ele é apresentado no formato de diversas entrevistas de personagens que fizeram a história do punk nos EUA. Alguns deles só passaram de leve, mas aparentemente era uma cena pequena e todo mundo se conhecia. Outra coisa que fica bem aparente é a capacidade de drogados conseguirem perder qualquer quantidade de dinheiro pelo vício.
Fora isso não há muito o que se dizer sobre o livro. São muitos punks velhos lembrando de como as coisas eram boas (mesmo que completamente fodidas) em seu tempo. Pois é, punks também envelhecem e quando isso acontece eles ficam igual a qualquer outro.
Uma coisa curiosa é que os autores/repórteres se concentram mais no punk americano e assim nos permite ver com mais facilidade a diferença do punk inglês e deles. Um é basicamente fúria adolescente, o outro é uma espécie de inconformismo com o mundo que faz você virar uma espécie de causa perdida para a sociedade. Em geral, esse preconceito era bem justificado.
No mais o texto é recheado com diversas histórias de velhos. Algumas muito boas. Outras tristes. Mas nenhuma chata. Por isso esse até pode ser um bom livro para quem se interesse pelo punk.
Fora isso não há muito o que se dizer sobre o livro. São muitos punks velhos lembrando de como as coisas eram boas (mesmo que completamente fodidas) em seu tempo. Pois é, punks também envelhecem e quando isso acontece eles ficam igual a qualquer outro.
Uma coisa curiosa é que os autores/repórteres se concentram mais no punk americano e assim nos permite ver com mais facilidade a diferença do punk inglês e deles. Um é basicamente fúria adolescente, o outro é uma espécie de inconformismo com o mundo que faz você virar uma espécie de causa perdida para a sociedade. Em geral, esse preconceito era bem justificado.
No mais o texto é recheado com diversas histórias de velhos. Algumas muito boas. Outras tristes. Mas nenhuma chata. Por isso esse até pode ser um bom livro para quem se interesse pelo punk.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Revolta e Melancolia: o Romantismo na Contramão da Modernidade
É normal que exista um certo preconceito (e não sem razão) contra livros acadêmicos. Penso que sejam um dos catalisadores do sono em bibliotecas universitárias, mas isso não vem ao caso. Este livro de Michael Löwy e Robert Sayre não é, inicialmente, muito diferente desses que merecem nosso preconceito. É bem legal e cabeça aberta quando pretende buscar o seu objeto de estudo em qualquer coisa. Neste caso, estamos falando do romantismo.
Para citar logo a parte chata, o próprio movimento e as interpretações são analisados de modo, hã, amplo. São tantas fontes citadas que por várias vezes não fazemos a menor idéia de quem está falando sobre o que por causa de alguns excessos do uso do 'apud'. Mas é engraçado que a obra vai se construindo e a análise acaba sendo bastante completa e abrangente. Se alguém realmente quiser aprender mais sobre o romantismo este é um bom lugar para ampliar os conhecimentos, mas não para iniciá-los.
Ai aparecem alguns juízos de valores que fazem nossas sobrancelhas se divertirem num sobe e desce sem fim. Os autores colocam o romantismo como um movimento que esteve sempre deslocado do tempo dos, er, capitalistas e dos industrialistas. Colocam os escritores românticos como pessoas que sempre viviam a fugir da realidade porque não se adaptavam a ela. Era mais divertido criar algo que fosse do seu gosto que viver num mundo , hã, errado.
Sendo assim, por que não considerar qualquer ficção como uma variação do romantismo? É o que acaba acontecendo. É o velho dilema do mundo dividido em dois: a situação que detém o poder econômico from hell e a revolução que é bonita, fofa e legal. Isso realmente me faz questionar sobre o que motiva um autor a escrever. Será que eles andam na rua vêem um mendigo e pensam: "ó meu Deus, tenho uma história", enquanto os carinhas da classe média continuam sendo aquela coisa eternamente sem gosto?
Mas é ai entre uma zoação e outra que paira o sentido do romantismo. É só pensar em um grupo de autores que de repente tiveram sentimentos semelhantes em relação a sua época e que com isso criaram obras brilhantes. O que o livro realmente quer dizer é que se um dia isso aconteceu, por que não de novo? Assim Löwy e Sayre saem à caça de referências contemporâneas do romantismo (com um destaque especial para a ficção científica e a fantasia). No final acaba sendo um bom livro de pesquisa (ou de curiosidades mesmo) que até nem nos faz dormir muito.
ps: outro ponto que achei divertido (e que muita gente deve achar revoltante por motivos bem diversos) foi o fato de Marx ser tachado como romântico no livro. Mas quando vejo em Marx, Hitler e Tolkien compartilhando idéias, penso que deve ter algo errado nessa classificação. Isso porque nem deu vontade de falar em George Lucas...
Para citar logo a parte chata, o próprio movimento e as interpretações são analisados de modo, hã, amplo. São tantas fontes citadas que por várias vezes não fazemos a menor idéia de quem está falando sobre o que por causa de alguns excessos do uso do 'apud'. Mas é engraçado que a obra vai se construindo e a análise acaba sendo bastante completa e abrangente. Se alguém realmente quiser aprender mais sobre o romantismo este é um bom lugar para ampliar os conhecimentos, mas não para iniciá-los.
Ai aparecem alguns juízos de valores que fazem nossas sobrancelhas se divertirem num sobe e desce sem fim. Os autores colocam o romantismo como um movimento que esteve sempre deslocado do tempo dos, er, capitalistas e dos industrialistas. Colocam os escritores românticos como pessoas que sempre viviam a fugir da realidade porque não se adaptavam a ela. Era mais divertido criar algo que fosse do seu gosto que viver num mundo , hã, errado.
Sendo assim, por que não considerar qualquer ficção como uma variação do romantismo? É o que acaba acontecendo. É o velho dilema do mundo dividido em dois: a situação que detém o poder econômico from hell e a revolução que é bonita, fofa e legal. Isso realmente me faz questionar sobre o que motiva um autor a escrever. Será que eles andam na rua vêem um mendigo e pensam: "ó meu Deus, tenho uma história", enquanto os carinhas da classe média continuam sendo aquela coisa eternamente sem gosto?
Mas é ai entre uma zoação e outra que paira o sentido do romantismo. É só pensar em um grupo de autores que de repente tiveram sentimentos semelhantes em relação a sua época e que com isso criaram obras brilhantes. O que o livro realmente quer dizer é que se um dia isso aconteceu, por que não de novo? Assim Löwy e Sayre saem à caça de referências contemporâneas do romantismo (com um destaque especial para a ficção científica e a fantasia). No final acaba sendo um bom livro de pesquisa (ou de curiosidades mesmo) que até nem nos faz dormir muito.
ps: outro ponto que achei divertido (e que muita gente deve achar revoltante por motivos bem diversos) foi o fato de Marx ser tachado como romântico no livro. Mas quando vejo em Marx, Hitler e Tolkien compartilhando idéias, penso que deve ter algo errado nessa classificação. Isso porque nem deu vontade de falar em George Lucas...
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Spoiler
Nerd 1: Como melhorar Star Trek após 43 anos de série?
Nerd 2: Humn... que tal dois Spocks?
ps: a lógica das lâminas de barbear sempre funciona.
Nerd 2: Humn... que tal dois Spocks?
ps: a lógica das lâminas de barbear sempre funciona.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Harry Potter II
Acho que é bom estar de volta para terminar de vez esse assunto. Nem me sinto mais tentato a dividir os comentários por livro, como fiz com Nárnia. A história também é cada vez mais de "domínio público" por causa dos filmes e da comoção em volta do Daniel Radcliffe que nem merece muitos detalhes. Este livro de fantasia infanto-juvenil, como já disse, segue a linha do "vou ser épico", mas sinceramente deixa muito a desejar. É engraçado notar que quando o livro era desconhecido e despretensioso, ele até parece surpreendentemente legal. A partir do terceiro volume notamos que fica mais para o repetitivo mesmo e rebuscando fórmulas mais consagradas para o sucesso.
Posso estar sendo influenciado pelo fato de estar lendo muitos mangás para adolescentes ultimamente (shonens e shoujos basicamente), mas Harry Potter me parece mais próximos deles do que da, hã, literatura infanto-juvenil de fato. Geralmente fico bastante raiva dos mangás quando seus personagens adolescentes ficam com alguma frescura nipônica, por exemplo, quando acontece todo aquele choque por causa de pessoas com 18 anos namorando ou quando acham que depois do primeiro beijo é sexo na mesma hora. Bem, o Harry Potter durante sua vida mágica-estudantil me levou a sentir esse mesmo ódio. Até que comecei a notar algo: até onde estou odiando uma obra ou uma criança de 14 anos?
E aí é difícil diferenciar, pois a narrativa de J.K. Rowling é toda centrada no pequeno bruxo. Mas algumas coisas podem ser notadas. Como em todo shonen, o protagonista é envelhecido. Aquela pilha de músculos que luta perfeitamente e mata sem sem pudor tem apenas 15 anos mesmo. Harry Potter é envelhecido pelos sofrimentos que passa. Quais mesmo? Ah, tem um bruxo muito muito mau atrás dele porque ele precisaria do sangue dele (o de qualquer outra pessoa serviria, mas você sabe como são os vilões). Os tios dele também o ajudam a envelhecer ao tratá-lo de uma forma que certamente seria proibida caso fosse levada aos cinemas ou seriados no Brasil. Afinal, é proibido constrangir criancinhas, even for art's sake! E lá vou eu digredindo, mas avançando.
Nessa hora começamos a notar toda a caricatura que havia em cima dos personagens. Não é uma caricatura ruim, mas não supera as expectativas de um filme de sessão da tarde. Os velhos são covardes e burros; as crianças são corajosas e têm habilidades incríveis. Não há um simples personagem que seja atraente por ser único. A magia também é completamente overrated. Claro, todos podem fazer coisas incríveis com ela, no entanto todos podem fazer coisas incríveis com ela. Se você ouviu um encantamento, pode sair já soltando por ai. Até faz a gente se perguntar porque diabos eles precisam estudar tudo aquilo.
Ah, falando em magia, o bruxo muito muito mau que é o Voldemort seria um vilão incrível se não fosse tão patético. Se o compararmos com Sauron ou com os antagonistas de Nárnia, ele certamente esconderia o rosto de vergonha. De que adianta ser um bruxo muito muito mau e só usar uma magia? Além disso, ele parece desconhecer todos os efeitos de magias antigas salvadoras (objeto de estudo no qual ele é um "especialista"). Ele comete TODOS os erros necessários para morrer mesmo sabendo exatamente o que estava fazendo (em tese, isso seria um spoiler, mas já dá para notar que isso vai acontecer no primeiro volume mesmo). Sua derrota não chega nem a ser um mérito para os vencedores. Nem se compara a toda a tarefa colossal que foi derrotar Sauron e sobreviver para contar a história.
Considerando que é uma obra em volumes, a autora comete um erro meio chato no decorrer dos livros. Todos os livros são recheados de repetições. Parecem verdadeiras recapitulações clássicas dos animes japoneses. Como são sete livros, a coisa realmente vai se acumulando ao tédio. A vontade (muitas vezes praticada) é de saltar os parágrafos de repetições mesmo.
Enfim, Harry Potter é algo que começa legal e vai se perdendo com o tempo. Acho que isso deve acontecer constantemente com quem se arrisca a fazer épicos. Por sorte, eles não costumam virar best-sellers mundialmente amados (o que deve ser inocência minha, pois de cara já lembro das Brumas de Avalon e de muitos outros romances para quem gosta de rpgs medievais). Até há um mérito ou outro que poderia ser valorizado no livro, mas prefiro deixar quieto. Depois alguém pensa que realmente vale a pena ler sete livros e algumas poucas milhares de páginas. Sinto que Senhor dos Anéis e Nárnia não deixam muito espaço no coração para fantasias épicas bonitinhas, mas ordinárias.
Posso estar sendo influenciado pelo fato de estar lendo muitos mangás para adolescentes ultimamente (shonens e shoujos basicamente), mas Harry Potter me parece mais próximos deles do que da, hã, literatura infanto-juvenil de fato. Geralmente fico bastante raiva dos mangás quando seus personagens adolescentes ficam com alguma frescura nipônica, por exemplo, quando acontece todo aquele choque por causa de pessoas com 18 anos namorando ou quando acham que depois do primeiro beijo é sexo na mesma hora. Bem, o Harry Potter durante sua vida mágica-estudantil me levou a sentir esse mesmo ódio. Até que comecei a notar algo: até onde estou odiando uma obra ou uma criança de 14 anos?
E aí é difícil diferenciar, pois a narrativa de J.K. Rowling é toda centrada no pequeno bruxo. Mas algumas coisas podem ser notadas. Como em todo shonen, o protagonista é envelhecido. Aquela pilha de músculos que luta perfeitamente e mata sem sem pudor tem apenas 15 anos mesmo. Harry Potter é envelhecido pelos sofrimentos que passa. Quais mesmo? Ah, tem um bruxo muito muito mau atrás dele porque ele precisaria do sangue dele (o de qualquer outra pessoa serviria, mas você sabe como são os vilões). Os tios dele também o ajudam a envelhecer ao tratá-lo de uma forma que certamente seria proibida caso fosse levada aos cinemas ou seriados no Brasil. Afinal, é proibido constrangir criancinhas, even for art's sake! E lá vou eu digredindo, mas avançando.
Nessa hora começamos a notar toda a caricatura que havia em cima dos personagens. Não é uma caricatura ruim, mas não supera as expectativas de um filme de sessão da tarde. Os velhos são covardes e burros; as crianças são corajosas e têm habilidades incríveis. Não há um simples personagem que seja atraente por ser único. A magia também é completamente overrated. Claro, todos podem fazer coisas incríveis com ela, no entanto todos podem fazer coisas incríveis com ela. Se você ouviu um encantamento, pode sair já soltando por ai. Até faz a gente se perguntar porque diabos eles precisam estudar tudo aquilo.
Ah, falando em magia, o bruxo muito muito mau que é o Voldemort seria um vilão incrível se não fosse tão patético. Se o compararmos com Sauron ou com os antagonistas de Nárnia, ele certamente esconderia o rosto de vergonha. De que adianta ser um bruxo muito muito mau e só usar uma magia? Além disso, ele parece desconhecer todos os efeitos de magias antigas salvadoras (objeto de estudo no qual ele é um "especialista"). Ele comete TODOS os erros necessários para morrer mesmo sabendo exatamente o que estava fazendo (em tese, isso seria um spoiler, mas já dá para notar que isso vai acontecer no primeiro volume mesmo). Sua derrota não chega nem a ser um mérito para os vencedores. Nem se compara a toda a tarefa colossal que foi derrotar Sauron e sobreviver para contar a história.
Considerando que é uma obra em volumes, a autora comete um erro meio chato no decorrer dos livros. Todos os livros são recheados de repetições. Parecem verdadeiras recapitulações clássicas dos animes japoneses. Como são sete livros, a coisa realmente vai se acumulando ao tédio. A vontade (muitas vezes praticada) é de saltar os parágrafos de repetições mesmo.
Enfim, Harry Potter é algo que começa legal e vai se perdendo com o tempo. Acho que isso deve acontecer constantemente com quem se arrisca a fazer épicos. Por sorte, eles não costumam virar best-sellers mundialmente amados (o que deve ser inocência minha, pois de cara já lembro das Brumas de Avalon e de muitos outros romances para quem gosta de rpgs medievais). Até há um mérito ou outro que poderia ser valorizado no livro, mas prefiro deixar quieto. Depois alguém pensa que realmente vale a pena ler sete livros e algumas poucas milhares de páginas. Sinto que Senhor dos Anéis e Nárnia não deixam muito espaço no coração para fantasias épicas bonitinhas, mas ordinárias.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Dúvida da Semana
Você passaria o resto de sua vida com uma pessoa incapaz de entender uma metáfora e que só fala por meio de insinuações?
domingo, 7 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
De bobeira
No dia que eu não me importar com mais nada nesta vida, juro que deixo crescer um bigode.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Harry Potter
Acho que peguei o hábito de ler obras com vários volumes. Essa daqui tem logo sete, mas nem parece assustadoramente grande. Afinal, os primeiros volumes são pequenos e isso ajuda a compensar os gigantes que estão lá no final. Vou dar uma de chato e pensar que isso é uma estratégia comercial. Primeiro você atrai e depois empurra algo sem sal goela abaixo. Pior que eu quase não passava da primeira página. Traduzir nomes é uma prática nefasta que deveria ser abolida de todas as traduções. Ver Dudley ser transformado em Duda logo de cara quase me fez jogar tudo para o alto (também há a transformação de James em Tiago. O que diabos as pessoas têm contra James?). Mas resisti a tentação e até agora nem posso reclamar muito porque só li os dois primeiros e já decidi comentá-los:
.....
HP e a Pedra Filosofal
Quem já leu mangá ou já viu anime talvez reconheça um pouco desse plot. Imagine um menino que ficou órfão porque seus pais morreram para salvar-lhe do grande bruxo do mais mal. Agora imagine que esse menino cresceu com parentes que o odiavam por ser, hã, diferente. Até que um belo dia ele descobre que tem poderes mágicos e que pode estudar na melhor escola de magia do mundo.
A partir daí a história fica bem comum para quem já assistiu Goonies (ou sessão da tarde mesmo - acho que tenho algum trauma com sessão da tarde - com todas aquelas criancinhas fazendo feitos milagrosos). Na escolinha, eles descobrem uma conspiração para roubar a Pedra Filosofal, artefato que poderia reviver o bruxo mais mal supracitado.
O que dá para notar neste primeiro volume é que a JK Rowling estava mais querendo introduzir seu cenário mágico. Vemos a escola de Hogwarts ser descrita nos seus mais inúteis detalhes. As mesas, o jantar, os quadros, citações históricas irreais e até algumas aulas com a citação desnecessária dos autores dos livros utilizados. Tudo parece em excesso aqui. Até a minha crítica, pois essas miudezas realmente ajudam a ver aquilo tudo na escola como mágico.
Como o livro é bem sintético e simples, ele acaba sendo bom. Tipo, bom mesmo. Divertido, com um mistério infantil e recheado de magia. No final ainda acontece uma daquelas sucessões de desafios seguindo aquele modelo (muito comum nos japoneses): você vai perdendo um aliado para cada desafio, até só restar o herói e o vilão. Ah, sem esquecer da reviravolta final. Uma coleção de clichés legais.
.....
HP e a Câmara Secreta
Aqui já sabemos que o bruxão mais mal de todos ainda vive, mas está fraco e é deixado como figurante. Então podemos deixá-lo de lado e nos concentrarmos no grande mistério da Câmara Secreta. Nome bem sugestivo para o título de um livro. Pode-se dizer o que vai acontecer com um pouco de imaginação.
Com um mistério fraco, só resta a magia. O problema é que os jovens magos ainda são extremamente limitados, então não há muito a ser feito. Pelo menos o livro é pequeno e passa rápido. No entanto, podemos sentir que alguma coisa está se montando. O cenário, inicialmente repetitivo, agora abre espaço para a comunidade bruxa de fora da escola. Esses bruxos, apesar de terem estudado 7 anos naquela escola, saíram sem aprender nada de útil.
Novamente, encontramos um bruxo com a incrível experiência de dois anos de bruxidade para resolver tudo. Isso já nos mostra uma certa incompetência dos bruxos mais velhos que deve afetar a história num ponto posterior.
Apesar de tudo, o estilo da autora se mantém rápido e de fácil leitura. Também começamos a achar os personagens mais simpáticos apesar de toda a caricatura em cima deles. Com sorte, a coisa talvez até melhore. Mas desconfio que não, porque os sete livros devem fazer alguma grande saga que até agora não faz o menos sentido. O ideal e continuar a leitura sem preconceitos, mas, infelizmente, os livros começam a engrossar a partir de agora. Se bem que até então tem sido divertido.
ps: outra coisa que me incomodou profundamente no cenário de HP é o fato deles chamarem as pessoas normais de trouxas e de as considerarem completamente indefesas. O que já deu para notar é que por mais forte que seja um mago, ele ainda morre com um simples tiro. Isso joga por terra essa inofensividade dos trouxas. Até agora os bruxos não mostraram para quê vieram.
pps: e lá vou eu arranjando outra desculpa para atrasar meu projeto...
.....
HP e a Pedra Filosofal
Quem já leu mangá ou já viu anime talvez reconheça um pouco desse plot. Imagine um menino que ficou órfão porque seus pais morreram para salvar-lhe do grande bruxo do mais mal. Agora imagine que esse menino cresceu com parentes que o odiavam por ser, hã, diferente. Até que um belo dia ele descobre que tem poderes mágicos e que pode estudar na melhor escola de magia do mundo.
A partir daí a história fica bem comum para quem já assistiu Goonies (ou sessão da tarde mesmo - acho que tenho algum trauma com sessão da tarde - com todas aquelas criancinhas fazendo feitos milagrosos). Na escolinha, eles descobrem uma conspiração para roubar a Pedra Filosofal, artefato que poderia reviver o bruxo mais mal supracitado.
O que dá para notar neste primeiro volume é que a JK Rowling estava mais querendo introduzir seu cenário mágico. Vemos a escola de Hogwarts ser descrita nos seus mais inúteis detalhes. As mesas, o jantar, os quadros, citações históricas irreais e até algumas aulas com a citação desnecessária dos autores dos livros utilizados. Tudo parece em excesso aqui. Até a minha crítica, pois essas miudezas realmente ajudam a ver aquilo tudo na escola como mágico.
Como o livro é bem sintético e simples, ele acaba sendo bom. Tipo, bom mesmo. Divertido, com um mistério infantil e recheado de magia. No final ainda acontece uma daquelas sucessões de desafios seguindo aquele modelo (muito comum nos japoneses): você vai perdendo um aliado para cada desafio, até só restar o herói e o vilão. Ah, sem esquecer da reviravolta final. Uma coleção de clichés legais.
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HP e a Câmara Secreta
Aqui já sabemos que o bruxão mais mal de todos ainda vive, mas está fraco e é deixado como figurante. Então podemos deixá-lo de lado e nos concentrarmos no grande mistério da Câmara Secreta. Nome bem sugestivo para o título de um livro. Pode-se dizer o que vai acontecer com um pouco de imaginação.
Com um mistério fraco, só resta a magia. O problema é que os jovens magos ainda são extremamente limitados, então não há muito a ser feito. Pelo menos o livro é pequeno e passa rápido. No entanto, podemos sentir que alguma coisa está se montando. O cenário, inicialmente repetitivo, agora abre espaço para a comunidade bruxa de fora da escola. Esses bruxos, apesar de terem estudado 7 anos naquela escola, saíram sem aprender nada de útil.
Novamente, encontramos um bruxo com a incrível experiência de dois anos de bruxidade para resolver tudo. Isso já nos mostra uma certa incompetência dos bruxos mais velhos que deve afetar a história num ponto posterior.
Apesar de tudo, o estilo da autora se mantém rápido e de fácil leitura. Também começamos a achar os personagens mais simpáticos apesar de toda a caricatura em cima deles. Com sorte, a coisa talvez até melhore. Mas desconfio que não, porque os sete livros devem fazer alguma grande saga que até agora não faz o menos sentido. O ideal e continuar a leitura sem preconceitos, mas, infelizmente, os livros começam a engrossar a partir de agora. Se bem que até então tem sido divertido.
ps: outra coisa que me incomodou profundamente no cenário de HP é o fato deles chamarem as pessoas normais de trouxas e de as considerarem completamente indefesas. O que já deu para notar é que por mais forte que seja um mago, ele ainda morre com um simples tiro. Isso joga por terra essa inofensividade dos trouxas. Até agora os bruxos não mostraram para quê vieram.
pps: e lá vou eu arranjando outra desculpa para atrasar meu projeto...
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Libertadores
E como penaltis é loteria, o Sport acaba deixando a Libertadores. Acho que agora não há mais desculpas para não terminar minha monografia.
domingo, 26 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Something Stupid
- Por que estamos terminando?
- Porque você me ama.
Ok, depois dessa desisto de entender a raça humana (pelo menos a parte feminina dela). Mas, ops, isso já foi dito antes:
- Porque você me ama.
Ok, depois dessa desisto de entender a raça humana (pelo menos a parte feminina dela). Mas, ops, isso já foi dito antes:
segunda-feira, 20 de abril de 2009
De bobeira
Estudar num centro de artes e comunicação nos mostra que ocasionalmente acontecem algumas coisas estranhas por conta da parte arte do centro. O curioso disso é que algumas vezes essa parte pode até ser legal. Semana passada pude ouvir uma apresentação de uma banda de garotos espinhentos que acham o máximo ser estranho (esse tipo de apresentação acontece com uma certa regularidade na frente da entrada do centro, mas eu estava até esquecido que isso existia). Espiei com desprezo quando vi começarem a montar o equipamento. Esperava muito barulho e alguma gritaria sem sentido.
Engraçado. Pude ouvir exatamente isso. Barulho e gritaria sem sentido. Mas não é que os espinhentos eram bons mesmo. Isso na parte acústica. Tocavam bem e até dava pra sentir um estilo naquilo que tocavam. Isso realmente me surpreendeu e me deixou feliz por estar errado. A alegria durou até o vocalista abrir a boca. Não consegui entender uma só palavra do que ele dizia. Note-se que isso vale tanto para os momentos de música quanto para os momentos onde ele deveria estar anunciando a próxima música. Era um horror.
No entanto, essa coisa de ouvir um som legal com uma voz horrorosa me fez notar o que eu mais odeio no rock nacional: a voz dos "cantores". Ouvir rock (e uso aqui o termo para resumir todas as suas variações) nacional sempre me deixou meio constragido. Sempre pensei que fosse culpa de arranjos ou de algumas letras bizarras. O real motivo era muito mais audível. Talvez isso seja culpa de uma cultura estranha de permitir que qualquer pessoa cante desde que seja com emoção, ou sei lá o que. A quantidade de exemplos desafinados ou sem voz boa mesmo fica bem absurda se formos considerar a indústria musical brasileira.
E nem tenho vontade de seguir reclamando. Penso que a nova geração de bandas tem muito o que melhorar nesse sentido, mas pelo menos já estão tocando bem.
Engraçado. Pude ouvir exatamente isso. Barulho e gritaria sem sentido. Mas não é que os espinhentos eram bons mesmo. Isso na parte acústica. Tocavam bem e até dava pra sentir um estilo naquilo que tocavam. Isso realmente me surpreendeu e me deixou feliz por estar errado. A alegria durou até o vocalista abrir a boca. Não consegui entender uma só palavra do que ele dizia. Note-se que isso vale tanto para os momentos de música quanto para os momentos onde ele deveria estar anunciando a próxima música. Era um horror.
No entanto, essa coisa de ouvir um som legal com uma voz horrorosa me fez notar o que eu mais odeio no rock nacional: a voz dos "cantores". Ouvir rock (e uso aqui o termo para resumir todas as suas variações) nacional sempre me deixou meio constragido. Sempre pensei que fosse culpa de arranjos ou de algumas letras bizarras. O real motivo era muito mais audível. Talvez isso seja culpa de uma cultura estranha de permitir que qualquer pessoa cante desde que seja com emoção, ou sei lá o que. A quantidade de exemplos desafinados ou sem voz boa mesmo fica bem absurda se formos considerar a indústria musical brasileira.
E nem tenho vontade de seguir reclamando. Penso que a nova geração de bandas tem muito o que melhorar nesse sentido, mas pelo menos já estão tocando bem.
domingo, 12 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Coisas de torcedor
Sabe o que é pior que ver seu time perder? É saber que seu time mereceu perder. E pior que isso é observar a derrota acontecendo a cada minuto. É saber exatamente que grande erro estava acontecendo ali no campo e ser incapaz de alertar o time sobre o erro.
Lá se foi uma grande vantagem e um grande tabu. Mas espero que com ele não tenha ido a inteligência. Com dois neurônios, era possível um empate. Com três, até uma vitória não seria impossível mesmo depois de começar atrás.
Agora é aguardar é esperar aquilo que sempre considero nulo. A inteligência alheia. Uma certa reação ao resultado negativo. algo que se espera de um time qualquer desses que vivem patrocinados pela grande mídia. No fim das contas, só quero que meu time vença e que faça valer sua vitória. É algo até simples, mas que só se consegue com um pouco de vontade e inteligência.
ps: e que também seja num momento em que essa coisa amarga do álcool não dobre tanto a vista.
Lá se foi uma grande vantagem e um grande tabu. Mas espero que com ele não tenha ido a inteligência. Com dois neurônios, era possível um empate. Com três, até uma vitória não seria impossível mesmo depois de começar atrás.
Agora é aguardar é esperar aquilo que sempre considero nulo. A inteligência alheia. Uma certa reação ao resultado negativo. algo que se espera de um time qualquer desses que vivem patrocinados pela grande mídia. No fim das contas, só quero que meu time vença e que faça valer sua vitória. É algo até simples, mas que só se consegue com um pouco de vontade e inteligência.
ps: e que também seja num momento em que essa coisa amarga do álcool não dobre tanto a vista.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Sobre porque a sessão da tarde deveria deixar de existir
Na verdade, nem assisto sessão da tarde na Globo por problemas técnicos e falta de interesse mesmo. A parte técnica pode ser relaxamento, mas a falta de interesse é porque filmes de cachorro e animais falantes todos dias meio que cansam. Isso sem esquecer de nossas brilhantes produções nacionais do que sobrou dos Trapalhões. Mas nada disso importa porque a sessão da tarde global já faz parte de um horário maluco fixo que nunca muda por cabeça dura.
Acabei me pegando assistindo à sessão da tarde do SBT. Essa é realmente genial. Parece que qualquer filme tem que caber no espaço de uma hora. Ai acaba havendo uma edição estilo movie-a-minute mesmo. O filme de hoje foi Mortal Kombat, que já é muito ruim, e estava tudo tão picotado que mal fazia sentido. Garanto que isso não é privilégio do MK.
Ainda tentei pensar em algum uso criativo para isso, mas acabei lembrando de Arnaldo Antunes e suas poesias bizarras. Essa visão do inferno ficou tão presa na minha mente que acabei torcendo o pé. Tudo culpa do concretismo sem noção nacional.
Acabei me pegando assistindo à sessão da tarde do SBT. Essa é realmente genial. Parece que qualquer filme tem que caber no espaço de uma hora. Ai acaba havendo uma edição estilo movie-a-minute mesmo. O filme de hoje foi Mortal Kombat, que já é muito ruim, e estava tudo tão picotado que mal fazia sentido. Garanto que isso não é privilégio do MK.
Ainda tentei pensar em algum uso criativo para isso, mas acabei lembrando de Arnaldo Antunes e suas poesias bizarras. Essa visão do inferno ficou tão presa na minha mente que acabei torcendo o pé. Tudo culpa do concretismo sem noção nacional.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Free Style
A gente percebe que anda pouco de ônibus quando de repente começam a vender tabuadas matemáticas com 42 matérias, que contém a nova regra ortográfica, dicas de etiqueta e ainda uma lista de 230 ervas que curam até mal olhado. Tudo por cinco reais. Quase comprei só por curiosidade.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Um dia eu ponho um título
Como torcedor do Sport, estou muito feliz pelo que vejo meu time apresentando até agora. É impossível conter um certo sorriso de orgulho quando vejo muitas pessoas na rua com a camisa de meu time. Elas podem ser feias, desdentadas e comunistas, mas que me importa? Meu time venceu e isso basta para olhá-las com uma certa intimidade feliz (sem me aproximar muito, claro. Um sorriso basta).
O mais curioso de hoje, no entanto, foi ver a prova de que o pernambucano é mesmo uma criatura complexada (até no futebol). De repente, é necessário toda imprensa parar para mostrar os gols do Sport e só falar de o quanto somos bons (se bem que justo seria dizer que somos os melhores). Fico bem feliz em só ver os gols mesmo e o jogo pela tv. Estou nem ai para o fato do "sul" (região geográfica que compreende qualquer lugar, com excessão da Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) prefira ver notícias sobre o fra ou a estréia do gordo no curinthians. Se eles possuem o públicos deles lá (e cá) com interesse nessas coisas, problema deles. Como já disse, fico feliz em simplesmente ver meu time vencer e acho meio brega como o povo aqui fica abestalhado quando um jornalista/comentarista do "sul" fala sobre nós.
Menti antes, o mais curioso não foi ver a reclamação geral de meus conterrâneos por fóruns e blogs espalhados por ai. Curioso foi ver um torcedor do Santa Cruz coleguinha meu ficar feliz com o fato de ter faltado energia na zona sul de Recife durante o jogo. A alegria dele se devia porque os "playbas" iam ficar sem ver jogo. E nisso olho para a figura que tinha dois brincos e usava aquelas camisas baby look... enfim, um típico playba. Mas ele é Santa Cruz que é o time do povo e povo sempre fica feliz quando playba se ferra. Ah é, esqueci de dizer que ele é pernambucano e assistiu o jogo para torcer a favor do Nordeste contra tudo e contra todos!
Como sou otimista, ainda acredito que um dia ainda vamos nos livrar desses moinhos de ventos.
ps: caraca, eu tinha me esquecido como esse clipe é ruim.
O mais curioso de hoje, no entanto, foi ver a prova de que o pernambucano é mesmo uma criatura complexada (até no futebol). De repente, é necessário toda imprensa parar para mostrar os gols do Sport e só falar de o quanto somos bons (se bem que justo seria dizer que somos os melhores). Fico bem feliz em só ver os gols mesmo e o jogo pela tv. Estou nem ai para o fato do "sul" (região geográfica que compreende qualquer lugar, com excessão da Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) prefira ver notícias sobre o fra ou a estréia do gordo no curinthians. Se eles possuem o públicos deles lá (e cá) com interesse nessas coisas, problema deles. Como já disse, fico feliz em simplesmente ver meu time vencer e acho meio brega como o povo aqui fica abestalhado quando um jornalista/comentarista do "sul" fala sobre nós.
Menti antes, o mais curioso não foi ver a reclamação geral de meus conterrâneos por fóruns e blogs espalhados por ai. Curioso foi ver um torcedor do Santa Cruz coleguinha meu ficar feliz com o fato de ter faltado energia na zona sul de Recife durante o jogo. A alegria dele se devia porque os "playbas" iam ficar sem ver jogo. E nisso olho para a figura que tinha dois brincos e usava aquelas camisas baby look... enfim, um típico playba. Mas ele é Santa Cruz que é o time do povo e povo sempre fica feliz quando playba se ferra. Ah é, esqueci de dizer que ele é pernambucano e assistiu o jogo para torcer a favor do Nordeste contra tudo e contra todos!
Como sou otimista, ainda acredito que um dia ainda vamos nos livrar desses moinhos de ventos.
ps: caraca, eu tinha me esquecido como esse clipe é ruim.
segunda-feira, 2 de março de 2009
The Chronicles of Narnia - pt 4
Já sinto que alongo mais do que devia, mas uma vez que comecei tenho que levar até o final. Se bem que aqui realmente temos um ponto em que qualquer coisa dita seria malquista por quem ainda for ler (e quem não for: que tenha vergonha de si).
The Horse and His Boy
Dos sete livros que compõe as crônicas, este é o mais, hã, "diferente" de todos. Não pelo aspecto moral, que continua sempre presente (e sem o qual Narnia deixaria de ser Narnia), mas pelo próprio começo. Não vemos garotos ingleses indo de encontro ao desconhecido para ajudar uma terra fantástica em necessidade. Conhecemos apenas um jovem escravo e seu cavalo (ou como ele, o cavalo, prefere: o cavalo e seu garoto).
Também somos apresentados a mais uma nova fronteira de Narnia. Uma terra desértica e com tradições antigas e cruéis. Talvez seja algo no enredo ou algo no protagonista. Confesso que esta é uma das histórias que mais gostei nesse mundo. Delightful.
The Magician’s Nephew & The Last Battle
Aqui qualquer comentário seria um imenso spoiler. Mas, só para estragar a surpresa de quem achava que não vou dizer nada, vou dizer algumas coisinhas sobre elas. Bem, toda história precisa de um começo e de um fim. As duas a seu próprio modo mostram e explicam tudo o que vimos até agora nesses outros tantos livros. Ah, o final é daqueles de fazer chorar! Mas só se você acompanhou Narnia todos os outros livros.
Só mais uma coisa. O Lewis parece que orientou uma certa ordem de leitura que inicia com o Magician’s Nephew. Na verdade, a ordem dele é cronológica (numa crônica isso faz até sentido). Esse livro só vai fazer algum sentido e ser realmente muito bom caso você já saiba de antemão todo o resto que se passou em Narnia. Ele literalmente estraga muitas surpresas e torna outras coisas nos demais livros sem valor. Enfim, seguindo a ordem, pode-se terminar a Última Batalha com um pouco de pena porque terminou e muita felicidade por aquilo simplesmente existir.
The Horse and His Boy
Dos sete livros que compõe as crônicas, este é o mais, hã, "diferente" de todos. Não pelo aspecto moral, que continua sempre presente (e sem o qual Narnia deixaria de ser Narnia), mas pelo próprio começo. Não vemos garotos ingleses indo de encontro ao desconhecido para ajudar uma terra fantástica em necessidade. Conhecemos apenas um jovem escravo e seu cavalo (ou como ele, o cavalo, prefere: o cavalo e seu garoto).
Também somos apresentados a mais uma nova fronteira de Narnia. Uma terra desértica e com tradições antigas e cruéis. Talvez seja algo no enredo ou algo no protagonista. Confesso que esta é uma das histórias que mais gostei nesse mundo. Delightful.
The Magician’s Nephew & The Last Battle
Aqui qualquer comentário seria um imenso spoiler. Mas, só para estragar a surpresa de quem achava que não vou dizer nada, vou dizer algumas coisinhas sobre elas. Bem, toda história precisa de um começo e de um fim. As duas a seu próprio modo mostram e explicam tudo o que vimos até agora nesses outros tantos livros. Ah, o final é daqueles de fazer chorar! Mas só se você acompanhou Narnia todos os outros livros.
Só mais uma coisa. O Lewis parece que orientou uma certa ordem de leitura que inicia com o Magician’s Nephew. Na verdade, a ordem dele é cronológica (numa crônica isso faz até sentido). Esse livro só vai fazer algum sentido e ser realmente muito bom caso você já saiba de antemão todo o resto que se passou em Narnia. Ele literalmente estraga muitas surpresas e torna outras coisas nos demais livros sem valor. Enfim, seguindo a ordem, pode-se terminar a Última Batalha com um pouco de pena porque terminou e muita felicidade por aquilo simplesmente existir.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Breath of Fire 3
Bem, sei que não falo muito sobre isso por aqui e é até com alguma vergonha que o tema me vem à tona (minto, sou nerd assumido mesmo e numa quarta-feira de cinzas fico até sem ter com quem compartilhar as glórias nerds). Sim, jogo muito mesmo e até fico feliz que algumas pessoas frescas percam algumas coisas legais e divertidas que encontramos nos jogos por ai por pura frescura. Esse jogo em questão é um RPG; gênero que, na teoria, não faz muito sentido ser representado num console já que você não exatamente atua como um personagem. Mas isso é bobagem porque se trata de um RPG oriental, ou JRPG como alguns gostam de chamar.
Só esse fato já é uma promessa de muitas horas de jogo. Levei cerca de 60 horas para finalizar esse ai (o que é praticamente o que perco pagando uma cadeira inteira no curso). Posso dizer que me diverti mui (caso contrário não passaria 60 horas nele), mas não pude deixar de notar algumas coisas curiosas. Na verdade, algumas muitas dessas coisas curiosas estão nessa lista que Jack gentilmente me repassou.
O que me chamou a atenção mesmo foi o desfecho sólido. A história vai evoluindo gradativamente e se mostrando muito aos poucos. Boa parte do nosso tempo é gasto fazendo coisas não relativas à história. É mais ou menos no meio desse monte de coisas aleatórias que conseguimos juntar no fim todas as fichas e notar algo de épico lá. E pior que fica muito bom assim. É um épico meio bobo, mas o que ainda é bobo depois de Senhor dos Anéis? (Ups, as vezes até me esquece que SdA foi a origem de tudo isso).
Se esse tipo de jogo ocupasse menos tempo de nossas vidas com algumas bobagens (como procurar os ingredientes, aprender a receita e preparar um peixe especial para o prefeito de uma cidade que vai falar de um marujo que vai nos dizer como atravessar o mar), eles seriam até bem aconselháveis a qualquer público.
Gostei muito do desfecho desse jogo assim como gostaria do desfecho de um livro simpático. Acho que a diferença é que eu não gasto 60 horas com um só livro, mas é bem verdade que um jogo tem atrativos a mais, ou melhor, outros atrativos além de um enredo.
Falando em enredo, Salgueiro venceu. Que mundo surpreendente, hein.
Só esse fato já é uma promessa de muitas horas de jogo. Levei cerca de 60 horas para finalizar esse ai (o que é praticamente o que perco pagando uma cadeira inteira no curso). Posso dizer que me diverti mui (caso contrário não passaria 60 horas nele), mas não pude deixar de notar algumas coisas curiosas. Na verdade, algumas muitas dessas coisas curiosas estão nessa lista que Jack gentilmente me repassou.
O que me chamou a atenção mesmo foi o desfecho sólido. A história vai evoluindo gradativamente e se mostrando muito aos poucos. Boa parte do nosso tempo é gasto fazendo coisas não relativas à história. É mais ou menos no meio desse monte de coisas aleatórias que conseguimos juntar no fim todas as fichas e notar algo de épico lá. E pior que fica muito bom assim. É um épico meio bobo, mas o que ainda é bobo depois de Senhor dos Anéis? (Ups, as vezes até me esquece que SdA foi a origem de tudo isso).
Se esse tipo de jogo ocupasse menos tempo de nossas vidas com algumas bobagens (como procurar os ingredientes, aprender a receita e preparar um peixe especial para o prefeito de uma cidade que vai falar de um marujo que vai nos dizer como atravessar o mar), eles seriam até bem aconselháveis a qualquer público.
Gostei muito do desfecho desse jogo assim como gostaria do desfecho de um livro simpático. Acho que a diferença é que eu não gasto 60 horas com um só livro, mas é bem verdade que um jogo tem atrativos a mais, ou melhor, outros atrativos além de um enredo.
Falando em enredo, Salgueiro venceu. Que mundo surpreendente, hein.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
The Chronicles of Narnia - pt 3
The Voyage on the Dawn Treader
Fantástico. Brilhante. Lindo. Emocionante. Simplesmente phoda! Ele merece mais alguns, mas sinto que eu tenho que ser breve. Uma viagem ao fim do mundo passando por ilhas onde absolutamente qualquer coisa pode acontecer. Este é o risco daqueles que procuram desbravar o desconhecido neste mundo mágico.
A novidade deste livro é que as duas crianças inglesas mais velhas (se é que isso é possível já que toda criança inglesa nasce velha) dão lugar a um primo. Este primo, o Eustace Clarence Scrubb ("and he almost deserved it"), é quem orienta a história do pequeno Dawn Treader (que tem um dos melhores nomes de navios que já vi). E dizer qualquer coisa a mais sobre isso seria um imenso spoiler. Então, boa viagem até o fim do mundo! E triste seja o nosso mundo que é redondo e sem fim.
The Silver Chair
Após a viagem até o fim do mundo, que horizontes ainda poderiam ser explorados? Muito poucos certamente. Mas Lewis parece que encontrou um que não é exatamente um horizonte, mas não deixa de ser fascinante. O príncipe Rilian, filho de Caspian está desaparecido. Cabe a Eustace e Jill, outra criança inglesa que acabou magicamente indo para Narnia, encontrar o príncipe em mais uma busca fantástica.
Engraçado, eu sei que este livro é bom, mas não consegui gostar dele como gostei dos outros. Sinceramente, a culpa foi de Jill. Ela não consegue ser uma fofa, inocente e corajosa menina inglesa perdida num mundo mágico. Acho que foi isso que me incomodou. Mesmo assim sua leitura é interessante. Até porque vemos pela primeira vez coisas que só serão explicadas no último livro.
ps: estava pensando um pouco mais sobre não gostar tanto desse livro. E acho que a culpa pode ser da viagem do Dawn Treader. É tão boa que faz a gente esperar mais do próximo livro, que é bom, mas não tanto quanto imaginamos que ele seria.
Fantástico. Brilhante. Lindo. Emocionante. Simplesmente phoda! Ele merece mais alguns, mas sinto que eu tenho que ser breve. Uma viagem ao fim do mundo passando por ilhas onde absolutamente qualquer coisa pode acontecer. Este é o risco daqueles que procuram desbravar o desconhecido neste mundo mágico.
A novidade deste livro é que as duas crianças inglesas mais velhas (se é que isso é possível já que toda criança inglesa nasce velha) dão lugar a um primo. Este primo, o Eustace Clarence Scrubb ("and he almost deserved it"), é quem orienta a história do pequeno Dawn Treader (que tem um dos melhores nomes de navios que já vi). E dizer qualquer coisa a mais sobre isso seria um imenso spoiler. Então, boa viagem até o fim do mundo! E triste seja o nosso mundo que é redondo e sem fim.
The Silver Chair
Após a viagem até o fim do mundo, que horizontes ainda poderiam ser explorados? Muito poucos certamente. Mas Lewis parece que encontrou um que não é exatamente um horizonte, mas não deixa de ser fascinante. O príncipe Rilian, filho de Caspian está desaparecido. Cabe a Eustace e Jill, outra criança inglesa que acabou magicamente indo para Narnia, encontrar o príncipe em mais uma busca fantástica.
Engraçado, eu sei que este livro é bom, mas não consegui gostar dele como gostei dos outros. Sinceramente, a culpa foi de Jill. Ela não consegue ser uma fofa, inocente e corajosa menina inglesa perdida num mundo mágico. Acho que foi isso que me incomodou. Mesmo assim sua leitura é interessante. Até porque vemos pela primeira vez coisas que só serão explicadas no último livro.
ps: estava pensando um pouco mais sobre não gostar tanto desse livro. E acho que a culpa pode ser da viagem do Dawn Treader. É tão boa que faz a gente esperar mais do próximo livro, que é bom, mas não tanto quanto imaginamos que ele seria.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Tradição
Você sente que tradição é uma coisa ruim quando ela começa a desviar o trânsito do maior corredor de ônibus do estado (se brincar do Norte-Nordeste, como gostamos de exagerar) no centro da cidade e redirecioná-lo para minúsculas ruas construídas há cem anos para o trânsito de carroças; tudo isso para montar um galo de metal gigante e reunir mais de um milhão de bêbados sob um sol de 40² graus para comemorar algo que ninguém lembra mais o que é.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Coraline - o filme
Finalmente assisti o filme de Coraline. Foi dublado, mas tinha aquele simpático óculos 3D que faz as coisas saírem da tela. Gostei muito do efeito. Realmente ia fazer diferença caso eu simplesmente tivesse baixado uma versão gringa do filme só porque odeio ver filme dublado. Confesso que o autor me ajudou a optar pelo filme dublado com menos peso no coração (e também contei com um empurrãozinho de uma pessoa de muito bom gosto e que muito aprecio). Enfim, só quero dizer que valeu muito a pena e que é realmente um bom o filme.
Claro que como adaptação algumas mudanças foram necessárias. Não acredito que a essência do livro tenha se mantido porque o quesito moral acabou dando lugar à fantasia e à magia. Mas ficou bonito. De quebra, o enredo ficou bem completinho. Um filme simpático, embora o livro seja melhor (ok, sou suspeito para falar).
Ignorem-me e simplesmente assistam o filme!
Claro que como adaptação algumas mudanças foram necessárias. Não acredito que a essência do livro tenha se mantido porque o quesito moral acabou dando lugar à fantasia e à magia. Mas ficou bonito. De quebra, o enredo ficou bem completinho. Um filme simpático, embora o livro seja melhor (ok, sou suspeito para falar).
Ignorem-me e simplesmente assistam o filme!
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
The Chronicles of Narnia - pt 2
Aviso logo que esse vem com Spoilers. Se bem mais em relação ao filme do que em relação ao livro.
Prince Caspian
O fantástico mundo de Narnia foi invadido por humanos cruéis, orgulhosos e covardes. Nesse ambiente conhecemos o jovem Caspian que em seus estudos é apresentado às criaturas das antigas histórias. Todas desapareceram, mas nem por isso foram esquecidas. O jovem tinha sua vida pacata como o príncipe herdeiro de Narnia (só lembrei do he-man e seu gato guerreiro). Até que um dia o filho de seu tio, o rei Miraz, nasce. Narnia era pequena demais para dois herdeiros.
O encanto de Caspian (e o destino) pelas criaturas acaba levando-o até elas. E juntos, eles lutam para tentar fazer que a Narnia seja fantástica mais uma vez. Mas se há séculos as criaturas em seu esplendor haviam sido derrotadas, como poderiam vencer agora?
É ai onde entram as quatro crianças inglesas. Elas são os reis dos tempos de ouro de Narnia que vão lutar contra monstros japoneses gigantes para que os ideais da verdade e da justiça sejam retomados. Mesmo para eles, essa batalha não será nada fácil.
Esse livro teve uma adaptação feita ano passado para os cinemas (também Disney). Eu até tinha achado legal e emocionante na época, mas quando finalmente li fiquei decepcionado. A Disney não adaptou. Ela deturpou a história. Criou situações e problemas que não existiam. E a questão da moral foi deixada de lado no filme. Não há a crença que traz a vitória no final no livro. Falando em final, o livro propõe uma espécie de dilúvio que purifica a raça corrupta dos homens. O que aparece no filme parece uma piada diante disso.
Enfim, como perdão dos spoilers, este é um livro que mostra que talvez a Disney não esteja tão respeitosa na questão da moral cristã presente no livro e que sem isso alguns livros mais na frente serão impossíveis de ser adaptados. Mas que se faça a vontade de Aslan e vamos ver no que dá.
Um ps: a Disney por algum motivo aleatório decidiu envelhecer os personagens além da conta, o que vai ficar meio feio mais pra frente. Ah, e também inventaram um romance totalmente sem sentido que parece que vai feder no próximo filme.
Prince Caspian
O fantástico mundo de Narnia foi invadido por humanos cruéis, orgulhosos e covardes. Nesse ambiente conhecemos o jovem Caspian que em seus estudos é apresentado às criaturas das antigas histórias. Todas desapareceram, mas nem por isso foram esquecidas. O jovem tinha sua vida pacata como o príncipe herdeiro de Narnia (só lembrei do he-man e seu gato guerreiro). Até que um dia o filho de seu tio, o rei Miraz, nasce. Narnia era pequena demais para dois herdeiros.
O encanto de Caspian (e o destino) pelas criaturas acaba levando-o até elas. E juntos, eles lutam para tentar fazer que a Narnia seja fantástica mais uma vez. Mas se há séculos as criaturas em seu esplendor haviam sido derrotadas, como poderiam vencer agora?
É ai onde entram as quatro crianças inglesas. Elas são os reis dos tempos de ouro de Narnia que vão lutar contra monstros japoneses gigantes para que os ideais da verdade e da justiça sejam retomados. Mesmo para eles, essa batalha não será nada fácil.
Esse livro teve uma adaptação feita ano passado para os cinemas (também Disney). Eu até tinha achado legal e emocionante na época, mas quando finalmente li fiquei decepcionado. A Disney não adaptou. Ela deturpou a história. Criou situações e problemas que não existiam. E a questão da moral foi deixada de lado no filme. Não há a crença que traz a vitória no final no livro. Falando em final, o livro propõe uma espécie de dilúvio que purifica a raça corrupta dos homens. O que aparece no filme parece uma piada diante disso.
Enfim, como perdão dos spoilers, este é um livro que mostra que talvez a Disney não esteja tão respeitosa na questão da moral cristã presente no livro e que sem isso alguns livros mais na frente serão impossíveis de ser adaptados. Mas que se faça a vontade de Aslan e vamos ver no que dá.
Um ps: a Disney por algum motivo aleatório decidiu envelhecer os personagens além da conta, o que vai ficar meio feio mais pra frente. Ah, e também inventaram um romance totalmente sem sentido que parece que vai feder no próximo filme.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
The Chronicles of Narnia
Que dizer sobre esta obra? Sinceramente, não sei. Dizer que é perfeita seria resumir demais os dois meses de alegria que me trouxe. Poderia falar de estilos ou gêneros presentes no livro de C. S. Lewis. Mas como rotular? Fantasia, fábula literatura inglesa? Poderia dizer que é longa. No entanto estaria mentindo porque alguns desses livros li em um dois dias. Se não fossem as férias e os emuladores, acredito que duas semanas é o suficiente para se ler com calma todas as sete obras. Acho que se eu fizer por partes fica menos bagunçado (mesmo sendo muitas partes).
Nisso é preciso dizer que o autor propôs uma ordem cronológica de leitura. Não aconselho esta ordem. Ele destrói muitas surpresas e também apresenta coisas sem a mesma magia. Melhor seguir a ordem de publicação. Que pode demorar um pouco mais nas idas e vindas, mas são de fazer chorar. Vou tentar evitar ao máximo os spoilers, mas acho que um ou outro poderão me escapar. Que Aslan me perdoe!
.....
The Lion, The Witch and The Wardrobe
Este é sem dúvida o livro mais importante das crônicas de Narnia. Não porque é o melhor ou por ser o mais bonito. Simplesmente é o mais famoso e geralmente aparece representando os outros seis livros em algumas listas de melhores livros ingleses do século passado. No entanto, não é por isso que ele seria melhor que os outros. Ele tem muitos méritos e também é o de leitura mais leve de todos. Posso até dizer, com um certo receio, que é o mais infantil também. Se uma criança não gostar dessa história, ela provavelmente tem sérios problemas!
Nele somos apresentados a quatro crianças inglesas (Peter, Susan, Edmund e Lucy) que se aventuram pela primeira vez no fantástico mundo de Narnia que até então era dominado por uma bruxa antiga e má. O meio de chegar a este mundo encantado foi um velho guarda-roupas (wardrobe). Para fechar o título só falta o grande herói da história: o leão.
Vale ressaltar que esse leão não é só para deixar a capa bonitinha; ele é o próprio Cristo/Deus (ou a representação do Cristo naquele mundo fantástico, como sugere a Wikipédia). E por que Deus precisaria da ajuda de 4 crianças inglesas para combater uma bruxa antiga e má? Bem, Deus escreve certo por linhas tortas. Com a onipotência vêm alguns luxos.
A Disney fez uma adaptação até simpática desse livro. Mas faz muito tempo que eu vi o filme, então não confiem em minha memória. O resto só lendo para não estragar a surpresa.
Nisso é preciso dizer que o autor propôs uma ordem cronológica de leitura. Não aconselho esta ordem. Ele destrói muitas surpresas e também apresenta coisas sem a mesma magia. Melhor seguir a ordem de publicação. Que pode demorar um pouco mais nas idas e vindas, mas são de fazer chorar. Vou tentar evitar ao máximo os spoilers, mas acho que um ou outro poderão me escapar. Que Aslan me perdoe!
.....
The Lion, The Witch and The Wardrobe
Este é sem dúvida o livro mais importante das crônicas de Narnia. Não porque é o melhor ou por ser o mais bonito. Simplesmente é o mais famoso e geralmente aparece representando os outros seis livros em algumas listas de melhores livros ingleses do século passado. No entanto, não é por isso que ele seria melhor que os outros. Ele tem muitos méritos e também é o de leitura mais leve de todos. Posso até dizer, com um certo receio, que é o mais infantil também. Se uma criança não gostar dessa história, ela provavelmente tem sérios problemas!
Nele somos apresentados a quatro crianças inglesas (Peter, Susan, Edmund e Lucy) que se aventuram pela primeira vez no fantástico mundo de Narnia que até então era dominado por uma bruxa antiga e má. O meio de chegar a este mundo encantado foi um velho guarda-roupas (wardrobe). Para fechar o título só falta o grande herói da história: o leão.
Vale ressaltar que esse leão não é só para deixar a capa bonitinha; ele é o próprio Cristo/Deus (ou a representação do Cristo naquele mundo fantástico, como sugere a Wikipédia). E por que Deus precisaria da ajuda de 4 crianças inglesas para combater uma bruxa antiga e má? Bem, Deus escreve certo por linhas tortas. Com a onipotência vêm alguns luxos.
A Disney fez uma adaptação até simpática desse livro. Mas faz muito tempo que eu vi o filme, então não confiem em minha memória. O resto só lendo para não estragar a surpresa.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Ciência
Descobri que minha produtividade é inversamente proporcional à temperatura. Mas, sinceramente, nenhum ser vivo é capaz de sobreviver (e muito menos postar) numa terra onde 29ºC durante a noite é algo comum. Deixo aqui meu protesto climático.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Os 100 Melhores Contos de Humor da Literatura Universal
Esse é bem rapidinho. Eu nem queria falar de critérios nem nada, mas me parece que qualquer pessoa que tenha lido 100 contos possa fazer um livro com os 100 melhores contos de qualquer coisa. Perdoemos o organizador, ele realmente se esforçou para fazer algo legal (mesmo que muita coisa classificada como humor ali possa entrar em qualquer outra classificação).
Este é um livro bem comum em bibliotecas e é ótimo para apresentar diversos autores a quem não iria se aproximar de um livro deles por acaso. Também o fato de estampar ‘humor’ em letras colorida na capa ajuda a atrair qualquer tipo de pessoa (mesmo aquelas que esperam 100 piadas de português).
Mas está valendo. Onde podemos ver uma coleção de grandes nomes ingleses, franceses, russos, italianos, japoneses, árabes e também alguns não tão grandes brasileiros entre outros? Ora, para uma coleção está ótimo (eu até faria algumas críticas, mas como sobram títulos; é só pular para o próximo). E, convenhamos, bastam algumas frases ou só um título para saber quem deve ser pulado ou não.
Este é um livro bem comum em bibliotecas e é ótimo para apresentar diversos autores a quem não iria se aproximar de um livro deles por acaso. Também o fato de estampar ‘humor’ em letras colorida na capa ajuda a atrair qualquer tipo de pessoa (mesmo aquelas que esperam 100 piadas de português).
Mas está valendo. Onde podemos ver uma coleção de grandes nomes ingleses, franceses, russos, italianos, japoneses, árabes e também alguns não tão grandes brasileiros entre outros? Ora, para uma coleção está ótimo (eu até faria algumas críticas, mas como sobram títulos; é só pular para o próximo). E, convenhamos, bastam algumas frases ou só um título para saber quem deve ser pulado ou não.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Um vôo de pára-quedas sobre as idéias que se argüidas as seqüelas do seqüestro do trema em assembléia dariam enjôo no contra-regra.
Durante muito tempo eu realmente não soube o que dizer. A gente tenta aceitar o governo como um primo feio e chato que sempre aparece em sua casa porque vocês são primos. Você realmente não gosta dele, mas sabe que em algum lugar você tem que aceitá-lo e até bater uma foto de família feliz ao lado dele. Vale lembrar que esse primo é bem mais velho, barbado e adora roubar você de várias formas. Um bullier profissional que te espanca para que ninguém mais no bairro o faça. Ele até diz que faz tudo isso para nos proteger. No fundo no fundo, nós o aceitamos como ele é (mas não perdemos uma só oportunidade de falar mal dele).
Agora imagina teu primão chegando junto de você e te obrigando a desaprender todas aquelas besteiras que você foi obrigado a aprender com a justificativa de que todos são burros e agora obriga você a aprender de uma forma diferente e mais fácil. O pior é que todo mundo do bairro decidiu que o primão estava certo e esqueceu logo tudo aquilo que não conseguia aprender.
Mas calma lá! Não foi o primão sozinho que teve a brilhante idéia de facilitar as coisas. O primão barbudão apenas se reuniu com alguns parentes distantes e tiveram essa sacada genial de todos começarem a falar igual (e parece que todo mundo que fala essa mesma língua tem um primão assim). A idéia era que alguns priminhos menores (mas esse ao contrário de você são queridos) de cada um pudessem fazer mais amizades entre si e que eles próprios se entendessem melhor.
Chega de metáforas que já estou ficando confuso. Esse “novo acordo ortográfico” é bem simpático em simplificar a língua para que uma legião de pessoas que se entendem possam se entender melhor ainda e não ficarem com dúvidas (será que vai ter mais uma cartilha nesse novo portugüês?). Gosto de todos os contra apresentados aqui (link portuga) e baseio toda minha revolta daqui.
O primão pode ser violento e feroz. Posso até ser obrigado em outras condições a adotar o que o barbudão disser. Mas não acredito que aqui eu me veja escrevendo ideia ou linguiça. Shame on you, seu portugüês feio. Antes mudassem para trazer o anarchismo de volta, ou que a língua ficasse realmente anárquica.
ps: senti um pouco de vergonha e de desgosto ao ver que os jornais na minha terra se orgulharam de estarem no primeiro dia do ano já com a nova regra ortográfica em prática. A impressão deve ter atrasados umas boas horas só para que algum chato revisasse tudo aquilo que nessas mesmas horas antes virou erro. No fim, fico com o Tio Noronha.
Agora imagina teu primão chegando junto de você e te obrigando a desaprender todas aquelas besteiras que você foi obrigado a aprender com a justificativa de que todos são burros e agora obriga você a aprender de uma forma diferente e mais fácil. O pior é que todo mundo do bairro decidiu que o primão estava certo e esqueceu logo tudo aquilo que não conseguia aprender.
Mas calma lá! Não foi o primão sozinho que teve a brilhante idéia de facilitar as coisas. O primão barbudão apenas se reuniu com alguns parentes distantes e tiveram essa sacada genial de todos começarem a falar igual (e parece que todo mundo que fala essa mesma língua tem um primão assim). A idéia era que alguns priminhos menores (mas esse ao contrário de você são queridos) de cada um pudessem fazer mais amizades entre si e que eles próprios se entendessem melhor.
Chega de metáforas que já estou ficando confuso. Esse “novo acordo ortográfico” é bem simpático em simplificar a língua para que uma legião de pessoas que se entendem possam se entender melhor ainda e não ficarem com dúvidas (será que vai ter mais uma cartilha nesse novo portugüês?). Gosto de todos os contra apresentados aqui (link portuga) e baseio toda minha revolta daqui.
O primão pode ser violento e feroz. Posso até ser obrigado em outras condições a adotar o que o barbudão disser. Mas não acredito que aqui eu me veja escrevendo ideia ou linguiça. Shame on you, seu portugüês feio. Antes mudassem para trazer o anarchismo de volta, ou que a língua ficasse realmente anárquica.
ps: senti um pouco de vergonha e de desgosto ao ver que os jornais na minha terra se orgulharam de estarem no primeiro dia do ano já com a nova regra ortográfica em prática. A impressão deve ter atrasados umas boas horas só para que algum chato revisasse tudo aquilo que nessas mesmas horas antes virou erro. No fim, fico com o Tio Noronha.
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